DIRETORIA
DE ENSINO
DEPARTAMENTO
DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/DEPARTAMENTO PNAIC
DIRETRIZES GERAIS PARA O
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DA APRENDIZAGEM (TURMA DE PROGRESSÃO) NA
REDE MUNICIPAL DE ENSINO
DIRETORIA
DE ENSINO
2010/2016
José Wanderley B.
Milhomem
Secretário Municipal
de Educação
Solange da Silva
Rodrigues
Coordenadora Geral
Diretora Técnico
Pedagógica
Tomázia Pereira Silva
Coordenadora PNAIC
Josefa dos Santos
Branco
Formadora Responsável
ACELERAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
(TURMA DE PROGRESSÃO)
1 – INTRODUÇÃO
Há em nossas escolas um número
considerável de alunos com distorção idade/série, devido a muitos fatores que
não cabe ressaltá-los agora. O fato e que a escola precisa buscar uma
alternativa para amenizar este problema existente; pois não podemos atribuir os
alunos este fracasso porque isto fará com que deixem de acreditar na própria
capacidade de aprender, conseqüentemente outras manifestações no seu
comportamento irão ocorrer, uma vez que suportar um fracasso continuado é algo
difícil até mesmo para os adultos. Portanto não basta garantir o acesso, é
necessário assegurar a permanência e o sucesso da criança na escola.
Considerar
que o ponto de partida das crianças, em relação as suas aprendizagens são diferentes,
principalmente em relação à leitura e a escrita, uma vez que não tiveram as
mesmas oportunidades de aprendizagem fora da escola implica na necessidade de
oferecer mais e melhores condições para que todos passam aprender e tenham
sucesso na escola, considerar estes aspectos implica um reconhecimento por
parte da escola de que para aqueles que tiveram menos oportunidades é preciso
garantir melhores condições de ensino;e para assegurar que os alunos não
desistam de aprender e não sejam submetidos a inúmeras reprovações e
posteriormente ingressem nas estatísticas da evasão ou que fiquem em salas que
não condiz com sua idade a Diretoria de Ensino/Departamento de Coordenação
Pedagógica da SEMEC propõe que as escolas onde há grande número de alunos com
distorção Idade/Série ofereçam salas de aula com a proposta de aceleração da
aprendizagem, criando assim condições e apoio a esses alunos em suas
dificuldades para que continuem progredindo.
O
Programa de aceleração da Aprendizagem “Turma de Progressão” (TPI e TPII) é uma
alternativa que garante o atendimento para as crianças que ainda não avançaram
nas suas aprendizagens e estão com distorção Idade/Série; o principal objetivo
desta ação é fazer com os alunos que se encontram com esse problema possa
através de aulas que atendam as suas reais necessidades avancem para a série
que condiz com sua idade cronológica, e que a escola cumpra o seu papel de
ensinar.
Para
tanto é necessário que toda a equipe escolar, pais e os alunos atendidos nas
turmas de progressão tenham clareza da finalidade desta proposta,
compreendendo-a como parte importante do processo para amenizar o problema da
distorção Idade/Série nas escolas municipais de Ensino Fundamental em nosso
município. Ter essa compreensão é fundamental para evitar que ocorra esse mesmo
problema no futuro.
A
responsabilidade pela aprendizagem dessas crianças não é apenas do professor da
turma, mas também dos pais e toda a equipe gestora, sendo necessário, portanto
que aconteça uma boa articulação entre professor, coordenação pedagógica e
direção da escola e dos próprios pais.
2 – OBJETIVOS
·
Recuperar
a confiança perdida, em sua capacidade de aprender;
·
Evitar
a reprovação e evasão escolar;
·
Criar
condições para que todas as crianças com distorção Idade/Série avancem em suas
aprendizagens;
·
Oferecer
atendimento as crianças que por alguma razão, não completaram o seu processo de
alfabetização no 1° ao 5° ano;
·
Garantir
que seja implantada uma nova lógica de organização do trabalho pedagógico na
escola, que esteja centrado na superação das dificuldades das crianças no
momento em que elas se apresentarem com distorção Idade/Série;
·
Comprometer
toda a equipe gestora responsáveis pela aprendizagem: professores, coordenação
pedagógica, diretores e a equipe da secretaria com o sucesso escolar de todas
as crianças;
3 – PERFIL DO
PROFESSOR DA TURMA DE PROGRESSÃO
·
Possuir
competência e habilidades para melhorar a auto-estima do aluno e acreditar que
todos podem aprender;
·
Possuir
competência e habilidades profissionais para atuar com crianças que precisam
acelerar suas aprendizagens;
·
Ter
disponibilidade para participar da formação continuada com a coordenação e para
planejar com a coordenação pedagógica da escola.
·
Conhecer
o processo de construção do conhecimento da criança sobre a escrita
(psicogêneses da Língua escrita);
·
Saber
organizar o trabalho pedagógico para atender os objetivos estabelecidos para a
turma de progressão;
·
Saber
organizar e utilizar os registros avaliativos de evolução das aprendizagens das
crianças orientados para a turma de progressão;
·
Estabelecer
uma boa articulação com a direção da escola e coordenação pedagógica;
·
Atender
as solicitações em relação aos registros de acompanhamento individual dos
alunos e de todo o trabalho;
·
Estar
aberto para receber sugestões e avaliação do seu trabalho;
·
Ser
organizado em relação à organização do espaço em que trabalha e com os
materiais utilizados;
·
Ser
assíduo e pontual;
4 – ESTRUTURAS DE FUNCIONAMENTO
A turma de progressão será para aqueles
alunos que ultrapassaram em dois ou mais anos a idade previstos para o
ano/série em que se encontram matriculados, buscando, a partir de um trabalho
diferenciado com as turmas resgatar-lhes aprendizagens importantes para que
estes possam avançar mais rápido no Ensino Fundamental, sem a necessidade de
cursar todas as séries. Desta forma o atendimento a esses alunos será no horário
regular de aula na escola em que estiver devidamente matriculado e reforço no
contra turno.
Para garantir a qualidade nas
aprendizagens dos alunos, a Turma de Progressão terá no mínimo 21(vinte e um)
alunos e no máximo 25(vinte e cinco) alunos em cada turma.
5 - TURMA DE
PROGRESSÃO NO HORÁRIO REGULAR:
A matrícula do aluno deverá ser de acordo
com o ano em que o aluno está cursando, considerando a distorção Idade/Série e
seus níveis aproximados de conhecimentos sobre a escrita; a formação das turmas
terá a seguinte divisão, Turma de Progressão para alunos de 2º e 3º ano (TPI), o
que corresponde a período I. Turma de Progressão para alunos 4º e 5º ano (TPII),
que corresponde ao período II. Com carga horária letiva equivalente a 200 dias
letivos, como está previsto em Lei, mais aulas de reforço no contra turno, e (1
hora por semana) aconteça oficinas,
desenvolvidas com base em dinâmicas para resgatar a auto estima. (em anexo o
projeto de oficina “Resgatando a auto estima”.
O trabalho no horário regular e no contra
turno será feito pelo professor titular da turma, sendo que o mesmo receberá
apoio da coordenação pedagógica e de toda equipe gestora da escola, pois o
importante é assegurar que todas as crianças que precisam avançar em sua
aprendizagem sejam atendidas.
É importante que os envolvidos diretamente
e indiretamente no processo de aprendizagem dos alunos, compreendam que todos
somos co-responsáveis pelo fracasso ou pelo sucesso dos alunos e que a
responsabilidade pela aprendizagem das crianças compete a toda a comunidades
escolar.
6 – CRITÉRIOS PARA A
SELEÇÃO DOS PROFESSORES E ALUNOS
· O quadro de professores será definido em
cada escola considerando o perfil exigido pelo o Programa de aceleração da
Aprendizagem; quando a demanda de alunos for identificada, mediante diagnóstico
realizado no ano anterior pelo professor da sala regular normal e observação de
documento do aluno considerando a distorção idade/série.
· A coordenação pedagógica da escola
organizará uma lista com os nomes das crianças a serem atendidas na turma de
progressão com as amostras de escrita em anexo para o departamento de coordenação
pedagógica da SEMEC;
· A formadora responsável pelo acompanhamento
do trabalho fará uma análise das amostras e escrita juntamente com a
coordenação pedagógica e definirá os alunos que serão atendidos na TPI e TPII,
e organizará as turmas de acordo coma distorção idade/série de cada criança;
·
A carga horária do professor da Turma de
Progressão será definida em função da demanda de alunos a ser atendida;
·
O professor (a) da Turma de Progressão será
lotado com a jornada de 40(quarenta) horas semanal, totalizando 200(duzentas)
horas mensal, sendo 150(cento e cinquenta) horas com atendimento aos alunos e
50(cinqüenta) horas com formação e planejamento de aulas;
·
A cada 30 dias uma nova análise das
amostras de escrita e outras aprendizagens serão realizadas pelo professor e
coordenador pedagógico a fim de identificar se os alunos estão avançando em
suas aprendizagens.
7 – TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA TURMA DE
PROGRESSÃO:
O tempo previsto para a permanência
dos alunos nas Turmas de Progressão é de 02 (dois) ano no máximo, sendo 01 (um)
ano para cada período, no entanto caso algum aluno precise permanecer por mais
um ano abrir-se-á a exceção, oportunizando o aluno a concluir suas
aprendizagens, uma vez que é papel da escola - garantir a permanência e o
sucesso do aluno à bem da sua formação integral para o exercício da sua
cidadania.
8 – APRENDIZAGENS A SEREM DESENVOLVIDAS NOS ALUNOS NA
TURMA DE PROGRESSÃO:
· Apropriação do SEA –
Sistema Escrita Alfabética;
· ler textos (poemas, canções,
tirinhas, textos de tradição oral, texto de circulação social: convites,
cartão, bula de remédio, conta de energia, jornais, rótulos, anúncios, etc) com
autonomia;
· Produzir textos de
diferentes gêneros, atendendo diferentes finalidades, com autonomia;
· Dominar o SND- Sistema
de Numeração Decimal;
· Resolver e elaborar
problemas com os significados de: composição (juntar e separa); comparação
(comparar e completar); transformação (acrescentar e retirar), utilizando
estratégias próprias como desenhos, decomposições numéricas e palavras;
· Resolver e elaborar
problemas do campo conceitual multiplicativo: multiplicação e divisão.
· Aprender os conteúdos
das disciplinas específicas previstos para o período em que esta cursando;
· Desenvolver
competências e habilidades que garanta a continuidades nas séries posteriores.
9 – FORMAÇÃO CONTINUADA:
A formação continuada ocorrerá
segundo cronograma da SEMED/PNAIC e coordenação pedagógica da escola. Neste
momento os professores terão um espaço de troca de experiências, de reflexão
sobre a prática, aprofundamento sobre os conhecimentos envolvidos na aprendizagem
da leitura e da escrita e discussão de
encaminhamentos para melhorar a eficiência desta ação.
Mesmo ocorrendo à análise de
atividade de leitura e escrita inicial adequada as necessidades de
aprendizagens dos alunos da Turma de Progressão, a realização do planejamento
pelo o professor, das aulas e atividades de todas as disciplinas que contemplam
a grade curricular proposta pela Rede para o Ensino Fundamental, deve ser do
conhecimento e aprovação da coordenação da escola.
9.1- Conteúdos da Formação:
· Psicogênese da Língua
Escrita.
· Análise de amostras
de escrita.
· Análise de boas
atividades de leitura e escrita para alunos no 2º - 3º - 4º e 5º ano;
· Planejamento;
· Agrupamentos
produtivos.
· Intervenções do
professor.
10 – REGISTROS DO TRABALHO:
Ao final de cada mês, os alunos serão submetidos à avaliação para análise dos
resultados de suas aprendizagens. Esse diagnóstico auxiliará sua tomada de
decisão em relação ao que planejar para que os alunos avancem nas suas
aprendizagens.
O professor deverá fazer o registro de todo o desenvolvimento dos
avanços dos alunos e do seu próprio trabalho.
Diagnóstico quinzenal dos alunos (coleta de produções).
Registro de
atividades
de escrita (ditado, produções), datadas e organizadas por aluno e por grupo.
Pode ser selecionada uma atividade significativa a cada quinze dias que não
teve intervenções do professor na hora de sua realização.
Organizar uma pasta com atividades que foram
trabalhadas de acordo com o ano, TPI ou TPII. Esse banco de atividades ajudará
na organização do trabalho, bem como, possibilitará refletir sobre as situações
de leitura, escrita e outros conteúdos que estão na proposta para TPI e TPII
para posterior ajuda ao professor pelo coordenador pedagógico.
Cronograma de horário para planejamento das situações
didáticas.
Relatório bimestral dos resultados
alcançados de cada turma para a coordenação pedagógica e para a SEMEC.
11- ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR DA TURMA DE PROGRESSÃO:
11.1 – Com as Famílias
Após
a formação das turmas, a escola deve reunir os pais para compartilhar a
respeito dos objetivos do trabalho, para informá-los sobre a importância de
essas crianças participarem das turmas de Progressão devido o seu problema de distorção
Idade/Série, materiais necessários, para apresentar o professor (a) e para
falar-lhes da necessidade do contra turno no avanço das aprendizagens dos
alunos.
Sempre que o professor (a) ou a
coordenação perceber que determinados alunos estão faltando, deve comunicar aos
pais, podendo também visitá-los a fim de descobrir as causas da infrequência,
para que a escola tome alguma posição no sentido de ajudar o aluno retornar as
aulas.
11.2- Com a Coordenação Pedagógica
O professor (a) da Turma de Progressão
deve manter um contato permanente com a coordenação Pedagógica e sempre colocando
a par do que está acontecendo na turma.
No Conselho de Classe bimestral,
deve compartilhar com a Coordenação Pedagógica sobre os avanços dos alunos,
apresentando produções diferentes datadas e com o nome do aluno, para que assim
possam perceber o que já conseguiram aprender. Além desse momento o professor (a)
da Turma de Progressão, deve manter contato freqüente com os colegas a fim de
dar ou obter informações que auxilie no desenvolvimento da sua ação com os
alunos.
Quando finalizado o ano letivo, uma
vez que os objetivos propostos foram alcançados, é importante que o professor
(a) da turma e Coordenação Pedagógica, analise as aprendizagens alcançadas para
que o aluno seja promovido para o ano seguinte com os conhecimentos necessários
para dar continuidade nas suas aprendizagens posteriores. Este momento é
indispensável no trabalho, uma vez que a aprendizagem dos alunos deve estar de
acordo com as possibilidades de aprendizagens do ano que o aluno cursará
posteriormente, para assim evitar o acúmulo de deficiências nas próximas
aprendizagens.
12 – ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO:
12.1 – Pelo Coordenador (a) da Escola
O coordenador (a) deve incluir na
sua rotina de trabalho um momento com o professor da Turma de Progressão para:
·
Analisar
produções dos alunos;
·
Verificar
a freqüência.
·
Discutir
ajustes necessários nos encaminhamentos do trabalho de acordo com as
necessidades.
·
Analisar
as atividades realizadas e sugerir outras considerando as características de
cada turma.
·
Planejar
atividades.
12.2 – Pelo Formador (Coordenação Pedagógica) do Grupo de
Professores.
O acompanhamento do formador
responsável pela formação dos professores tem como objetivo:
·
Observar
a atuação dos professores (as) para posterior tematização da prática pedagógica
na formação.
·
Acompanhar
o desenvolvimento do trabalho dentro da escola, propondo alternativas para as
dificuldades observadas.
·
Promover
a articulação da escola com a SEMEC e ou outros segmentos para tomada de
decisões.
·
Assegurar
que os objetivos propostos para o trabalho sejam concretizados na (as) escola (as).
13.0- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
13.1
AMBIENTE
ALFABETIZADOR DE APRENDIZAGEM
O
ambiente alfabetizador, ou ambiente de aprendizagem como é definido por Alro e
Skovsmose (2006) é aquele ambiente onde o que prevalece é a comunicação entre
docentes e discentes ambos têm o direito de falar, ouvir e serem respeitados.
Essa comunicação envolve a linguagem oral, escrita, linguagem gestual,
linguagem matemática e o principal que é a interação e negociação na produção e
construção dos significados. Aqui propomos um ambiente de aprendizagem, pois
trabalhamos com a interdisciplinaridade que abrange todas as áreas do
conhecimento.
Para
NACARATO, MENGALI, PASSO (2009) Um ambiente de aprendizagem pressupõe três
momentos:
“
o antes, durante o depois. O primeiro momento pressupõe que o professor se
assegure de que a situação a ser proposta aos alunos seja ao mesmo tempo
desafiadores, mas não gere a frustação da incapacidade de resolvê-la. O
professor, pelo contato constante com seus alunos, tem condições de avaliar que
situações propor e em que momento do seu planejamento elas podem ser proposta.
No momento da resolução da situação proposta – o durante-, o professor acompanha
o trabalho dos alunos e avalia para si se a escolha foi ou não adequada ao
contexto. No último momento, o professor aceita a solução dos alunos sem
avalia-las e conduz a discussão enquanto os alunos justificam e avaliam seus
resultados e métodos. Então, o professor formaliza os novos conceitos e novos
conteúdos” (NACARATO, MENGALI, PASSO p.48, 2009).
Ao construir um ambiente de aprendizagem a
criança passa vivenciar situações reais de leitura e escrita, conceitos
matemáticos, científicos, históricos e geográficos, para tanto, faz-se
necessário muita dedicação, inovação e criatividade do educador, para promover
essas aprendizagem aos alunos. Aqui
apresentaremos algumas situações de um ambiente de aprendizagem retirada do
livro “Alfabetização Linguistica: da teoria a pratica” “A organização do ambiente da sala de aula
pode facilitar a convivência da criança com o texto. Uma biblioteca ou uma
caixa com livros de histórias, um baú com coleções de jogos de leitura, , coleções
de textos, jornais e revistas, embalagens e rótulos diversos podem constituir
rica matéria prima para uma oficina pedagógica em que o professor e alunos
trabalhem, brinquem e construa juntos seus conceitos, recriando e reproduzindo
ideias escritas. (BIZOTTO, AROEIRA, PORTO, P.
67-68, 2010).
Segundo Ana Teberosky, um ambiente
alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos –
digitais ou em papel – um mundo de escritos que circulam socialmente. A
comunidade que usa a todo o momento esses escritos, que faz circular idéias que
eles contêm, é chamada alfabetizadora”. Permitindo desta maneira, a inserção da
língua escrita no cotidiano do alfabetizando, seja por meio de revistas,
jornais, gibis, livros, cartazes, das palavras na lousa, ou de situações
cotidianas, como outdoors, letreiro de ônibus ou metrô, caixas eletrônicos
etc..
Este ambiente deve ser organizado de forma
que se constitua uma ferramenta de aprendizagem, e que inclua diversos gêneros
textuais, os quais devem estar acessíveis aos alunos e permitir uma interação
com os mesmos. Tal ambiente não valoriza apenas a aparência, o material escrito
deve estar relacionado com as atividades desenvolvidas, de acordo com as
necessidades dos alunos, o que possibilita as crianças construírem seu próprio
conhecimento.
Ainda em relação a esse ambiente sugere-se
que de acordo com o Caderno 1 de matemática:
“Organização do Trabalho Pedagógico” o espaço físico da sala de aula os
números não deve ser o único recurso disponível para o aluno, que o mesmo deve
dispor:
“
portadores de texto com diferentes usos e representações numéricas como, por
exemplo, reportagens de jornal com gráficos, tabelas de pontuação de jogos e
brincadeiras, placas de carro, rótulos de embalagens etc. tabela numérica com
números de 1 a 100 para a exploração de regularidades; varal com os símbolos
numéricos, construídos pelos alunos. Um mural que possibilite afixar as
produções dos alunos, textos complementares, curiosidades matemáticas etc. Um
calendário para reconhecimento e contagem do tempo (dia, mês, ano); Listas
variadas de assuntos que o professor deseja discutir com os alunos, tais como:
nomes dos alunos, datas de aniversário, eventos da escola, brinquedos e
brincadeiras preferidas, etc. régua para medição de altura dos alunos; uma
balança que possibilite identificar o peso; Relógios para medição do tempo;
jogos diversos, materiais manipuláveis (ábaco, material dourado, sólidos
geométricos etc). materiais variados e confeccionados pelos alunos. Um conjunto de calculadora básica, livros de
histórias infantis cordas, revistas para recorte. (PNAIC, CADERNO 01
ORAGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, P 16 2014)
É importante que os materiais utilizados no
ambiente alfabetizador, estejam ao alcance da criança, porque contribui para
seu interesse. Quanto mais o aluno tem acesso à cultura escrita, materiais
manipuláveis maior será a construção de
conhecimento sobre a língua.
O professor precisa planejar e
pensar em diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para
levar todos a aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um
e avaliar constantemente os resultados alcançados. É um trabalho complexo mais
não solitário é necessário o envolvimento de todo o corpo da escola bem como os
colegas, o diretor e o coordenador pedagógico e principalmente a parceria com
os pais dos alunos no processo ensino e aprendizagem.
13.2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O que almejamos para os alunos n ciclo de alfabetização se
efetive na realização do planejado. Para tento, e preciso pensar nas diversas
formas de organização tanto do espaço físico da sala de aula quanto do
movimento de problematização, discussão e sistematização de conhecimentos em
linguagem como em matemática. Com relação a esse espaço, entendemos que esse
necessite ser reconhecido como um espaço alfabetizador com instrumentos,
símbolos, objetos e imagens (matemática) , uma cantinho ou uma caixa com livros
de histórias, coleções de textos, jornais e revistas, embalagens e rótulos
diversos pertencentes ao campo da alfabetização e letramento. Assim sugere-se
que cada sala de aula disponha de alguns materiais que podem ser providenciados
pelo professor e pelos alunos ou que
podem ser adquiridos pela escola como tais como:
1-Canto de leitura e de
matemática acessível aos alunos;
2-Materiais diversos como:
alfabeto móvel, uma tabela numérica, cartazes, calendário, mural que
possibilite afixar as produções dos alunos etc.
3-Outros materiais que o
professor julgar necessário, segundo os projetos e as atividades que desenvolve
no decorrer do ano.
Com um ambiente físico preparado para o acolhimento dos alunos e
para que as aulas aconteçam é importante que o professor estabeleça uma
orientação inicial aos alunos apresentando uma proposta de rotina de trabalho
no dia. Nesse sentido, é possível que o professor, ao entrar em sala de aula,
explicite na lousa ou quadro uma rotina do que irá acontecer naquele dia,
listando e numerando cada atividade. Mesmo que os alunos ainda não saibam ler,
o professor pode ir fazendo a leitura e listando as atividades no canto da
lousa ou quadro, reduzindo a ansiedade e expectativa dos alunos quanto ao
trabalho dia.
A organização das carteira também precisa ser pensada com antecedência e executada na sala de aula.
A decisão sobre como as carteiras podem ser organizadas tem a ver com a
atividade planejada para aquele dia e de acordo com cada tarefa: em duplas, em
forma de “U” , em círculos; As carteiras uma atrás da outra, como
tradicionalmente as salas de aula são dispostas, pouco contribuem para o
coletivo dos alunos participe da aula.
13.3
GESTÃO
DA SALA DE AULA
Ter
uma boa gestão da sala de aula ajuda a contornar problemas como a indisciplina,
lidar com o inesperado, as incertezas, evitar os improviso e administrar a
rotina para que todos aprendam. Par isso sugere-se que o professor:
1- Exponha
a rotina diariamente para os alunos explicitando os objetivos, o conteúdo em
quanto tempo isso vai se dar e como será a dinâmica;
2- Faça
combinados com os alunos para que todos aceitem regras e passe adotá-las;
3- Proponha
atividades desafiadoras e valorize as ideias dos alunos encaminhando o
raciocínio para que solucione o problema;
4- Proponha
lições de casa como um momento individual, estudo, descoberta e reflexão;
5- Busque
parcerias com outras turmas ou instituições;
6- Ao
propor reunião com os pais liste o que é relevante para os pais saberem de
acordo com o que estar sendo trabalhado com os alunos e agende um horário que
seja compatível com o horário dos pais.
7- Proponha
parcerias com os pais ou responsáveis e mostre os objetivos da escola e como vê
o processo de aprendizagem;
8- Informe-se
sobre os familiares (o que fazem, o
horário de trabalho...);
13.4 ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
A turma de Progressão
seguirá como orientação metodológica o Método sociolinguístico. Este método tem
como associação o método Socioconstrutivismo e a Psicogêneses da Língua
Escrita, composto por quatro passos:
1º passo: codificação- levantamento dos conhecimentos
prévios sobre o tema, conhecimento de mundo, por meio da oralidade.
2º passo: descodificação- analise critica do tema, fundamentação
cientifica por meio de leitura de textos;
3º passo: análise e síntese- análise de uma palavra
relacionada ao tema, objetiva o aluno à descoberta de que a palavra escrita
representa a palavra falada. Analisa a palavra quanto ao numero de sílaba.
Desmembramento da palavra em famílias silábicas, na lousa. Encontro entre as
famílias, as silabas que formam a palavra. Leitura das famílias silábicas em
sequencias diferentes. Formação de novas palavras utilizando as famílias
silábicas..
4º passo: fixação da leitura e escrita- Revisão da
análise das famílias silábicas para formar novas palavras com significado e
para composição de frases e textos reais, com leitura e escrita significativa.
13.5-
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
No planejamento da rotina pedagógica, é importante considerar
tanto a natureza dos objetos de ensino, quanto os conhecimentos e habilidades
que os alunos precisam aprender conforme as proposições curriculares das
diferentes áreas do conhecimento. Faz-se necessário propor diversas situações
de aprendizagens, organizadas temporalmente como:
1-Atividades
Permanentes é um trabalho regular, diário, semanal, ou
quinzenal que objetiva uma familiaridade maior com um gênero, ou um tema de uma
área curricular.
2-Sequência
Didática pressupõe um trabalho pedagógico organizado em uma
determinada sequência, durante um determinado período, criando assim uma
modalidade de aprendizagem mais orgânica.
3-Projetos
prevê
um produto final, o planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do
tempo, divisão de tarefas, a avaliação gira em torno do que se pretendia
inicialmente. Proporciona autonomia ao aluno e responsabilidade coletiva. Os
anseios do produto final mobiliza toda
comunidade escolar.
4-Atividades
de Sistematização são destinadas a fixação de conteúdos
trabalhados. Em relação à alfabetização priorizam-se os conteúdos de análise
linguística- Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética.
13.6-ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Em relação aos conceitos de leitura e
escrita, pode-se dizer, de forma sintética, que ler é atribuir significados a
um texto, é saber interpretar a ideia escrita e, correspondente, escrever é
interagir através de um texto, é produzir uma ideia com significados e função
definidos. Ao ler usamos várias estratégias que nos ajudam a ter agilidade e
rapidez na própria leitura, e é importante propor situações em que os alunos
possam desenvolvê-las. Ao ler, inconscientemente usamos várias estratégias de
leitura como:
1-Seleção
permite que o leitor atenha-se apenas aos índices úteis, desprezando os
irrelevantes. É acionada durante a leitura.
2-Antecipação é
possível prevê o que ainda está por vir, além de letras, sílabas e palavras
antecipamos também significados.
3-Inferência
permite
captar o que não está dito no texto de forma explícito. É o que lemos, mas não
está escrito, mas que o autor quis transmitir. É acionada durante e depois da
leitura.
4-Verificação
torna possível a eficácia ou não das demais estratégias. Permite confirmar ou
não as hipóteses levantadas. É a checagem do que foi antecipado. É acionada
depois da leitura.
13.7-PROCEDIMENTOS
DE LEITURA:
São competências básicas que serão demonstradas por meio de
habilidades conforme compreensão
leitora. São procedimentos de leitura os
seguintes descritores:
D1- Localizar informações explícitas em um
texto;
D3- Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão;
D4- Inferir uma informação implícita em um
texto;
D6- Identificar o assunto ( tema ) de um
texto;
D11- Distinguir um fato da
opinião relativo a esse fato.
As estratégias de leitura e
procedimentos de leitura são conteúdos
indispensável à compreensão leitora. Portanto é preciso ser ensinados, tomados
como objeto de ensino prioritário.
13.8- MODALIDADES DE LEITURA
São formas diferenciadas de
realização de uma leitura: global, seletiva, esporádica, silenciosa, em voz
alta, compartilhada, colaborativa.
13.9-TIPOS
TEXTUAIS E GÊNEROS TEXTUAIS
Tipos
textuais são definidos pela natureza linguística da sua
composição. São categorias teóricas determinadas pela organização dos elementos
lexicais, sintáticos e relações lógicas presentes nos conteúdos a serem falados
ou escritos. São narrativos, expositivos, argumentativos, descritivos e injuntivos.
Gêneros
textuais São instrumentos culturais disponíveis nas interações Sociais. São historicamente
mutáveis e relativamente estáveis. São indefinidos.
13.10-CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA E CONSCIÊNCIA FONEMICA:
Consciência
fonológica consiste na capacidade de refletir
conscientemente sobre as unidades sonoras das palavras. Exemplo, ao escrever a
palavra POÇO a criança já tem certeza que a palavra é escrita com Ç e não com
SS.
Consciência
fonêmica consiste na capacidade de escrever palavras com sílabas
não variáveis, ou seja, com letras que apresentam apenas um som: b, d , f, p,
t, v. Exemplos BODE, FITA, PATO. Estas palavras não apresentam uma segunda
opção de escrita.
Alfabetizar considerando
apenas o desenvolvimento da consciência fonêmica é considerar o sistema de
escrita como um código.
13.11 -ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÕES
É de
suma importância o professor estar averiguando as dificuldades e descompassos
dos alunos ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para isso faz se
necessário o professor:
-
Fazer um diagnóstico da turma levando em consideração os conhecimentos preliminares
do tema estudado;
-
Faça questionamentos pertinentes do assunto;
-
Faça comentários sobre o assunto;
-
Estimule o aluno a solicitar comentários orais e escritos do assunto em debate.
-
Busque informações a partir de uma pergunta que se formulou sobre o tema: saber
selecionar as obras pertinentes ao tema que se deseja estudar- livros,
enciclopédias, revistas, depoimentos, pesquisas de campo etc., consultando a
biblioteca da classe, da escola e do bairro, especificando os pedidos de
orientação aos bibliotecários e/ou a busca nos arquivos.
-Antecipe
o conteúdo dos textos a partir do título, subtítulo, imagens, capa e
contracapa.
-Busque
pistas nos textos para verificar antecipações.
-Coordene
as informações proporcionadas pelo texto com aquelas provenientes das imagens.
-Releia
os fragmentos que geram dúvidas ou nos quais o leitor vê alguma contradição. As
situações de leitura em pares ou grupos e a confrontação da informação entre os
companheiros favorecem esse controle.
-Diante
de uma dificuldade, avançar no texto buscando elementos que permitam
compreender melhor ou voltar, quando perdeu uma informação relevante.
-
Resolva dúvidas sobre o significado de uma palavra ou expressão formulando
hipóteses baseadas no contexto, estabelecendo relações lexicais com palavras
conhecidas, procurando no dicionário mais consistente com o sentido do texto.
-
Anote para compreender melhor, para reter elementos ou para voltar a localizar
uma informação.
-
Assinale o que considera relevante por meio de marcas ou sublinhado.
-
Discuta, quando há discrepâncias entre o que diferentes alunos consideram
relevante no texto que estão lendo, e explicar as razões da seleção,
confrontá-la com a dos colegas e revisá-la à luz do confronto de opiniões.
14.0 ATENDIMENTO AOS ALUNOS QUE NÃO DOMINAM O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA:
Para
atender os discentes que ainda não dominam o SEA propõe-se que além das
atividades da Sequência Didática e dos Projetos, serão trabalhadas atividades
de Sistematização que atendam as reais necessidades de todos os alunos. Estas
atividades deverão ser diárias, incluindo atividades para casa. As atividades
devem ser desafiadoras, dinâmicas e
criativas. Incluindo o lúdico: os jogos didáticos, jogos de palavras e
brincadeiras, até que todos os alunos dominem o SEA, ( Sistema de Escrita
Alfabética).
A
meta a ser alcançada é que, ao final do Ciclo da Alfabetização, a criança
esteja dominando o sistema alfabético de representação da escrita para escrever
seus textos e ler com autonomia e compreensão dos textos apresentados. Deve
ter, pois, consolidado não só as habilidades a respeito do funcionamento da
língua escrita, mas também as habilidades referentes à leitura e à escrita
necessárias para expressar-se, comunicar-se e participar das práticas sociais
letradas, bem como ter desenvolvido o gosto e o apreço pela leitura,
consideradas para este segmento de aprendizagem.
15.0-ATENDIMENTO
AOS ALUNOS COM DEFICIENCIAS: UMA PROPOSTA INCLUSIVA
De acordo com a nova Política
Nacional de Educação Especial publicada
em Janeiro de 2008 pelo Ministério da Educação e Secretaria de Educação
Especial a educação inclusiva passa a
ser obrigatória e de responsabilidade as instituições de ensino efetivando a
matricula no ensino regular e a reorganização dos sistemas de ensino.
De acordo com as Diretrizes
operacionais para o atendimento especializado na educação básica “...a concepção de Educação Especial nesta
perspectiva da educação inclusiva busca superar a visão do caráter substitutivo
da Educação Especial ao ensino comum, bem como a organização de espaços
educacionais separadas para alunos com deficiências. Essa compreensão orienta
que a oferta do AEE será planejada para ser realizada em turno inverso ao da
escolarização, contribuindo efetivamente para garantir o acesso dos alunos à
educação comum e disponibilizando os serviços e apoios que complementam a
formação desses alunos nas classes comuns da rede regular de ensino” BRASIL
2013, P. 299.
Na perspectiva da educação
inclusiva a Proposta Curricular, o Município de Rio Maria elaborou um plano de
atendimento especializado com uma equipe de profissionais multifuncional para
atender esses alunos no contra turno. O plano de atendimento do AEE está em
anexo a esse documento.
Para o atendimento dos educando com necessidades
especiais na sala comum propõe-se ações para auxiliar no processo de
ensino e aprendizagem como:
ü O aprendizado deve ser realizado
a partir de situações reais e diversas alternativas como jogos, brincadeiras e
experimentação de diferentes estratégias ;
ü Valorizar o processo e a
singularidade de cada aluno, evitando comparações sem sentido;
ü Estabelecer a organização de
rotinas para as crianças;
ü Proporcionar atividade em dupla e
em grupos, possibilitando a referencia de modos de agir e participação por meio
de seus pares;
ü Proporcionar ações com
envolvimento de outros alunos;
ü Dirigir-se verbalmente ao aluno
autista durante as atividades em sala de aula;
ü Propor práticas e intervenções
novas e diferenciadas, considerando a organização do trabalho ao tempo e
necessidade dos alunos;
ü Pensar formas de avaliação que
contemple a heterogeneidades da sala de aula, e não uma avaliação pautada na
homogeneidade que contribua para a exclusão.
Contudo tais estratégias dependem
das especificidades e acuidade, além de uma formação inicial e continuada que o encaminhe para isso.
16 – AVALIAÇÃO
16.1 – Avaliação e Acompanhamento na Turma de Progressão:
A concepção de avaliação coerente
com a proposta da Turma de Progressão compreende a avaliação como parte do
processo pedagógico que dialoga permanentemente com o ensino e com as
aprendizagens construídas pelos alunos. “Assim, é fundamental uma prática
avaliativa que tenha memória”. Memória que só pode existir a partir do registro
dos processos, das descobertas, das tentativas, dos percursos de cada turma (...)
(Freitas e Fernandes Apud Araujo, 2008. P 65).
Nesse sentido, a avaliação precisa
ser global e contínua, realizada por meio da observação direta e do
acompanhamento do progresso do (a) aluno (a) nas atividades específicas de cada
período, levando em consideração o desenvolvimento dos aspectos cognitivos,
sociais, emocionais/afetivos e físico-motores. Assim, os mecanismos de
avaliação devem ser elaborados considerando também o contexto e as interações concernentes
ao processo individual e coletivo, processos esses que se realizam no espaço
escolar e que norteiam o planejamento das aulas.
Dessa forma os alunos das turmas de
TPI e TPII serão avaliados através de PARECER,
onde será registrada a síntese do processo de desenvolvimento e de momento aprendizagem
de cada aluno (a), expressando os resultados dos momentos vivenciados na práxis
educativa no decorrer do ano escolar.
Avaliação
Inicial ou Diagnóstica: é um instrumento de investigação do professor,
ao realizá-la ele toma conhecimento do processo de aprendizagem do aluno e pode
analisar o que já sabe cada um e o que ainda precisam aprender o que ele faz
sozinho e o que faz com ajuda do colega ou do professor. Ao analisar o
resultado dessa avaliação o professor tem melhores condições para planejar a
organização do trabalho pedagógico com o seu grupo e focar suas intervenções em
relação a cada um dos problemas detectando e registrá-los.
Avaliação
Formativa ou Processual: Considerando que o conhecimento não é
construído ao mesmo tempo e da mesma forma por todas as crianças o professor
precisa avaliar como as crianças estão progredindo. Essa avaliação serve para
verificar se o trabalho do professor está sendo produtivos e se os alunos estão
de fato aprendendo com as situações que foram propostas. Constituem situações
de aprendizagem em que os alunos: realizam as atividades coletivas, em pequenos
grupos, duplas e interagem entre si. Enquanto os alunos realizam as atividades
de aprendizagem propostas, o professor circular na sala para fazer observações
internacionais construídos ou em construção pelos alunos realiza registros
individuais das observações a fim de planejar: os conteúdos que precisam ser
retomados, adequação dos desafios das atividades, organização dos agrupamentos,
etc.
A partir das informações obtidas
através dos registros o professor poderá tomar decisões quanto à continuidade
do trabalho ou poderá rever o seu planejamento a fim de alcançar os seus
objetivos em relação às aprendizagens que ainda precisam ser desenvolvidas
pelos alunos.
Para que Avaliar
A avaliação deve estar a serviço da
aprendizagem dos alunos, por isso avalia-se para:
Professor
·
Identificar
o que os alunos já sabem e o que ainda precisam aprender, considerando o ponto
de partida de cada um;
·
Reorientar
planejamento do ensino quanto às necessidades de adaptações curriculares para
que todas as crianças possam aprender sem acumular dificuldades ao longo da
escolaridade;
·
Organizar
agrupamentos produtivos e colaborativos entre as crianças;
·
Adequar
às suas intervenções de acordo com os conhecimentos que as crianças possuem
para que possam avançar;
·
Redefinir
metas e objetivos de trabalho com a turma;
·
Promover
novas situações didáticas para os alunos que não dominam os conteúdos propostos
e em conseqüência disso, não avançam nas suas aprendizagens;
Coordenador Pedagógico
·
Informar
aos professores, alunos e pais sobre a atuação da escola como espaço de
promoção da aprendizagem;
·
Definir
metas e ações de trabalho coletivas ou específicas para cada turma;
·
Promover
ajustes no planejamento assessorando o professor;
·
Discutir
alternativas para atuar frente às dificuldades de aprendizagens identificadas
de acordo com a realidade de cada escola;
·
Promover
ações de formação permanente dos docentes e estimular a participação nas
formações ofertadas pela secretaria e outras instituições;
OBSERVAÇÕES
1-
No
momento do registro da avaliação o (a) professor (a) deverá observar os
aspectos cognitivos, sociais, emocionais/afetivos e físico-motores
desenvolvidos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem de cada aluno (a).
Para tanto algumas questões deverão ser analisadas em relação a esses aspectos.
1.1
–
Quanto aos aspectos cognitivos: Observar
se os objetivos propostos nos componentes curriculares, sistematizados no
planejamento de ensino foram ou estão sendo alcançados, considerando a
capacidade que o aluno (a) possui para construir conhecimento, uma vez que
construir conhecimento é fazer deste ato, ação e não só recuperação. Dessa
forma, considerar-se-á o processo das informações, a capacidade de adaptação e
situações diferentes, as soluções dos problemas, a percepção e a interpretação
das ações experienciadas no contexto escolar.
1.2- Quanto aos Aspectos Sociais:
Observar as condutas construídas
pelo (a) aluno (a) a partir de sua convivência escolar, considerando as
manifestações desses sujeitos nas vivências e experiências concretas no
cotidiano escolar. Deve-se observar como o (a) aluno (a) interage com os grupos
sociais que vão se estabelecendo no espaço escolar; se amadurece suas relações
com os grupos; se consegue estabelecer vínculos e se constrói valores. É
fundamental que o (a) professor (a) compreenda que o (a) aluno (a), em relação
a esses aspectos, traz consigo experiências, hábitos, atitudes, valores e modos
de se expressar que constituem partes da cultura dos grupos sociais com os
quais interage e que, portanto devem ser respeitando durante o processo
avaliativo.
1.3– Quanto aos aspectos emocionais/ afetivos:
Observar
as condutas construídas pelo (a) aluno (a) no que diz respeito ao
desenvolvimento de suas emoções e ao processo como estabelece e amadurece seus
laços afetivos, seu autoconhecimento, bem como controle de suas ações e
emoções. É importante destacar que o individuo elabora ao longo da vida
características peculiares que no contexto de interação com o outro contribuem
para a formação da sua subjetividade, da sua individualidade e da sua
identidade.
1.4- Quanto aos aspectos físico-motores:
Observar o processo de maturação
(física, orgânica e neurofisiológica) do corpo do (a) aluno (a), permitindo
identificar o desenvolvimento integrado das funções cognitivas, sociais e
emocionais/afetivas, traduzidas nas práticas de convivência na escola.
2-
Tais
aspectos não podem , entretanto, ser visto de forma fragmentada, posto que o
desenvolvimento e a aprendizagem humana são processos construídos
conjuntamente.
3-
As
informações contidas neste documento deverão ser coerentes entre metas
planejadas, o que foi ensinado e o que foi avaliado.
4-
O
parecer será construído semanalmente, sendo entregue uma cópia à secretaria da
escola e aos pais/responsáveis dos (as) alunos (as) ao final de cada semestre.
CONSIDERACÕES
FINAIS:
Esta proposta não esta pronta e acabada, podendo
sofrer adequações quando a equipe, após avaliação achar necessário, uma vez que
o foco da mesma e a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica.: Educação Especial. Alfabetização
de Crianças com deficiências: uma proposta inclusiva Inclusiva. Brasília 2012.
_______BRASIL, Ministério da
Educação- Secretaria de Educação Básica. Diretoria de currículos e Educação Integral. Coordenação
Geral do Ensino Fundamental. Coordenação geral de educação infantil.
Coordenação Geral do Ensino Médio. Coordenação Geral de Educação Integral. Base Nacional Comum Curricular. Brasília
2015.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica. Caderno da Educação matemática no campo. Alfabetização matemática. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília, 2014.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica.: Alfabetização e linguagem, fascículo 1 Pro
Letramento. Brasilia 2008.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica-Secretaria de Educação Continuada. Secretaria de Educação
Profissional. Conselho Nacional de Educação. Câmara Nacional de Educação
básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica.
Alfabetização Diversidade e Inclusão. Brasília 2013.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Coordenação Geral
do Ensino Fundamental: Elementos Conceituais e Metodológicos para Definição dos
Direitos de Aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e
3º anos) do Ensino Fundamental. Brasília
2012.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica. Alfabetização e Matemática, Educação Inclusiva. Brasília 2014.
BIZZOTTO, Inês; AROEIRA,
Luisa: PORTO, Amélia. Alfabetização Linguística: da teoria à prática. 1ª
edição, Ed. Dimensão, Belo Horizonte, 2010.
BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de
Educação Básica. Caderno 01 Organização do trabalho Pedagógico. Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa. Brasília, 2014.
MENDONÇA,
Onaide Schwartz; Olyimpio Correa Alfabetização: método sociolinguístico: consciência
social, silábica e alfabética. 3ª ed. Ed. Cortez, São Paulo, 2009;
MINAS
GERAIS, Secretaria Municipal de Educação de Minas Gerais. Currículo Básico Comum do Ensino Fundamental Anos iniciais: ciclo de
alfabetização e complementar. Minas Gerais 2010
MONTES
CLAROS, Prefeitura Municipal de Montes Claros. Secretaria Municipal de
Educação. Divisão de Ensino Fundamental. Seção Anos Iniciais. Proposta Curricular – anos Iniciais –
Versão Preliminar- ensino Fundamental primeiro ao quinto ano. Dezembro,
2011.
NACARATO, Mendes; MENGALI,
Silva; PASSOS, Brancaglion. A Matemática nas Séries Iniciais do Ensino
Fundamental: Tecendo fios do ensinar e
do aprender. Ed. Autêntica, Belo Horizonte, 2009;
SEDUC,
Registro avaliativos, 2009.LETRAMENTO, Alfabetização e Língua, MEC – 2008.
Diretrizes Gerais, Parauapebas-Pá, 1º ciclo, 2008.
VASCONCELLOS,
Celso dos Santos. Planejamento: Projeto
de Ensino Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 7ª edição. São Paulo
2000. Editora Liberdade.