quarta-feira, 2 de março de 2016

DIRETRIZES DA ACELERAÇÃO



Descrição: F:\CDR\PREFEITURA\SEMEC\SEMED BARRA.jpg 
 






DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/DEPARTAMENTO PNAIC









DIRETRIZES GERAIS PARA O FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DA APRENDIZAGEM (TURMA DE PROGRESSÃO) NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO









DIRETORIA DE ENSINO
2010/2016







José Wanderley B. Milhomem
Secretário Municipal de Educação



Solange da Silva Rodrigues
Coordenadora Geral
Diretora Técnico Pedagógica




Tomázia Pereira Silva
Coordenadora PNAIC







                             
Josefa dos Santos Branco
Formadora Responsável















  
ACELERAÇÃO DA APRENDIZAGEM
(TURMA DE PROGRESSÃO)




1 – INTRODUÇÃO

            Há em nossas escolas um número considerável de alunos com distorção idade/série, devido a muitos fatores que não cabe ressaltá-los agora. O fato e que a escola precisa buscar uma alternativa para amenizar este problema existente; pois não podemos atribuir os alunos este fracasso porque isto fará com que deixem de acreditar na própria capacidade de aprender, conseqüentemente outras manifestações no seu comportamento irão ocorrer, uma vez que suportar um fracasso continuado é algo difícil até mesmo para os adultos. Portanto não basta garantir o acesso, é necessário assegurar a permanência e o sucesso da criança na escola.
Considerar que o ponto de partida das crianças, em relação as suas aprendizagens são diferentes, principalmente em relação à leitura e a escrita, uma vez que não tiveram as mesmas oportunidades de aprendizagem fora da escola implica na necessidade de oferecer mais e melhores condições para que todos passam aprender e tenham sucesso na escola, considerar estes aspectos implica um reconhecimento por parte da escola de que para aqueles que tiveram menos oportunidades é preciso garantir melhores condições de ensino;e para assegurar que os alunos não desistam de aprender e não sejam submetidos a inúmeras reprovações e posteriormente ingressem nas estatísticas da evasão ou que fiquem em salas que não condiz com sua idade a Diretoria de Ensino/Departamento de Coordenação Pedagógica da SEMEC propõe que as escolas onde há grande número de alunos com distorção Idade/Série ofereçam salas de aula com a proposta de aceleração da aprendizagem, criando assim condições e apoio a esses alunos em suas dificuldades para que continuem progredindo.
O Programa de aceleração da Aprendizagem “Turma de Progressão” (TPI e TPII) é uma alternativa que garante o atendimento para as crianças que ainda não avançaram nas suas aprendizagens e estão com distorção Idade/Série; o principal objetivo desta ação é fazer com os alunos que se encontram com esse problema possa através de aulas que atendam as suas reais necessidades avancem para a série que condiz com sua idade cronológica, e que a escola cumpra o seu papel de ensinar.
Para tanto é necessário que toda a equipe escolar, pais e os alunos atendidos nas turmas de progressão tenham clareza da finalidade desta proposta, compreendendo-a como parte importante do processo para amenizar o problema da distorção Idade/Série nas escolas municipais de Ensino Fundamental em nosso município. Ter essa compreensão é fundamental para evitar que ocorra esse mesmo problema no futuro.
A responsabilidade pela aprendizagem dessas crianças não é apenas do professor da turma, mas também dos pais e toda a equipe gestora, sendo necessário, portanto que aconteça uma boa articulação entre professor, coordenação pedagógica e direção da escola e dos próprios pais.
2 – OBJETIVOS
·         Recuperar a confiança perdida, em sua capacidade de aprender;
·         Evitar a reprovação e evasão escolar;
·         Criar condições para que todas as crianças com distorção Idade/Série avancem em suas aprendizagens;
·         Oferecer atendimento as crianças que por alguma razão, não completaram o seu processo de alfabetização no 1° ao 5° ano;
·         Garantir que seja implantada uma nova lógica de organização do trabalho pedagógico na escola, que esteja centrado na superação das dificuldades das crianças no momento em que elas se apresentarem com distorção Idade/Série;
·         Comprometer toda a equipe gestora responsáveis pela aprendizagem: professores, coordenação pedagógica, diretores e a equipe da secretaria com o sucesso escolar de todas as crianças;

3 – PERFIL DO PROFESSOR DA TURMA DE PROGRESSÃO
·         Possuir competência e habilidades para melhorar a auto-estima do aluno e acreditar que todos podem aprender;
·         Possuir competência e habilidades profissionais para atuar com crianças que precisam acelerar suas aprendizagens;
·         Ter disponibilidade para participar da formação continuada com a coordenação e para planejar com a coordenação pedagógica da escola.
·         Conhecer o processo de construção do conhecimento da criança sobre a escrita (psicogêneses da Língua escrita);
·         Saber organizar o trabalho pedagógico para atender os objetivos estabelecidos para a turma de progressão;
·         Saber organizar e utilizar os registros avaliativos de evolução das aprendizagens das crianças orientados para a turma de progressão;
·         Estabelecer uma boa articulação com a direção da escola e coordenação pedagógica;
·         Atender as solicitações em relação aos registros de acompanhamento individual dos alunos e de todo o trabalho;
·         Estar aberto para receber sugestões e avaliação do seu trabalho;
·         Ser organizado em relação à organização do espaço em que trabalha e com os materiais utilizados;
·         Ser assíduo e pontual;

 4 – ESTRUTURAS DE FUNCIONAMENTO
      A turma de progressão será para aqueles alunos que ultrapassaram em dois ou mais anos a idade previstos para o ano/série em que se encontram matriculados, buscando, a partir de um trabalho diferenciado com as turmas resgatar-lhes aprendizagens importantes para que estes possam avançar mais rápido no Ensino Fundamental, sem a necessidade de cursar todas as séries. Desta forma o atendimento a esses alunos será no horário regular de aula na escola em que estiver devidamente matriculado e reforço no contra turno.
      Para garantir a qualidade nas aprendizagens dos alunos, a Turma de Progressão terá no mínimo 21(vinte e um) alunos e no máximo 25(vinte e cinco) alunos em cada turma.
       
5 - TURMA DE PROGRESSÃO NO HORÁRIO REGULAR:
      A matrícula do aluno deverá ser de acordo com o ano em que o aluno está cursando, considerando a distorção Idade/Série e seus níveis aproximados de conhecimentos sobre a escrita; a formação das turmas terá a seguinte divisão, Turma de Progressão para alunos de 2º e 3º ano (TPI), o que corresponde a período I. Turma de Progressão para alunos 4º e 5º ano (TPII), que corresponde ao período II. Com carga horária letiva equivalente a 200 dias letivos, como está previsto em Lei, mais aulas de reforço no contra turno, e (1 hora por semana) aconteça  oficinas, desenvolvidas com base em dinâmicas para resgatar a auto estima. (em anexo o projeto de oficina “Resgatando a auto estima”.
      O trabalho no horário regular e no contra turno será feito pelo professor titular da turma, sendo que o mesmo receberá apoio da coordenação pedagógica e de toda equipe gestora da escola, pois o importante é assegurar que todas as crianças que precisam avançar em sua aprendizagem sejam atendidas.
      É importante que os envolvidos diretamente e indiretamente no processo de aprendizagem dos alunos, compreendam que todos somos co-responsáveis pelo fracasso ou pelo sucesso dos alunos e que a responsabilidade pela aprendizagem das crianças compete a toda a comunidades escolar.

6 – CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS PROFESSORES E ALUNOS
·       O quadro de professores será definido em cada escola considerando o perfil exigido pelo o Programa de aceleração da Aprendizagem; quando a demanda de alunos for identificada, mediante diagnóstico realizado no ano anterior pelo professor da sala regular normal e observação de documento do aluno considerando a distorção idade/série.
·         A coordenação pedagógica da escola organizará uma lista com os nomes das crianças a serem atendidas na turma de progressão com as amostras de escrita em anexo para o departamento de coordenação pedagógica da SEMEC;
·         A formadora responsável pelo acompanhamento do trabalho fará uma análise das amostras e escrita juntamente com a coordenação pedagógica e definirá os alunos que serão atendidos na TPI e TPII, e organizará as turmas de acordo coma distorção idade/série de cada criança;
·               A carga horária do professor da Turma de Progressão será definida em função da demanda de alunos a ser atendida;
·               O professor (a) da Turma de Progressão será lotado com a jornada de 40(quarenta) horas semanal, totalizando 200(duzentas) horas mensal, sendo 150(cento e cinquenta) horas com atendimento aos alunos e 50(cinqüenta) horas com formação e planejamento de aulas;
·               A cada 30 dias uma nova análise das amostras de escrita e outras aprendizagens serão realizadas pelo professor e coordenador pedagógico a fim de identificar se os alunos estão avançando em suas aprendizagens.

7 – TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA TURMA DE PROGRESSÃO:

            O tempo previsto para a permanência dos alunos nas Turmas de Progressão é de 02 (dois) ano no máximo, sendo 01 (um) ano para cada período, no entanto caso algum aluno precise permanecer por mais um ano abrir-se-á a exceção, oportunizando o aluno a concluir suas aprendizagens, uma vez que é papel da escola - garantir a permanência e o sucesso do aluno à bem da sua formação integral para o exercício da sua cidadania.

8 – APRENDIZAGENS A SEREM DESENVOLVIDAS NOS ALUNOS NA TURMA DE PROGRESSÃO:
·      Apropriação do SEA – Sistema Escrita Alfabética;
·      ler textos (poemas, canções, tirinhas, textos de tradição oral, texto de circulação social: convites, cartão, bula de remédio, conta de energia, jornais, rótulos, anúncios, etc) com autonomia;
·      Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo diferentes finalidades, com autonomia;
·      Dominar o SND- Sistema de Numeração Decimal;
·      Resolver e elaborar problemas com os significados de: composição (juntar e separa); comparação (comparar e completar); transformação (acrescentar e retirar), utilizando estratégias próprias como desenhos, decomposições numéricas e palavras;
·      Resolver e elaborar problemas do campo conceitual multiplicativo: multiplicação e divisão.

·      Aprender os conteúdos das disciplinas específicas previstos para o período em que esta cursando;
·      Desenvolver competências e habilidades que garanta a continuidades nas séries posteriores.
9 – FORMAÇÃO CONTINUADA:
            A formação continuada ocorrerá segundo cronograma da SEMED/PNAIC e coordenação pedagógica da escola. Neste momento os professores terão um espaço de troca de experiências, de reflexão sobre a prática, aprofundamento sobre os conhecimentos envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita e  discussão de encaminhamentos para melhorar a eficiência desta ação.
            Mesmo ocorrendo à análise de atividade de leitura e escrita inicial adequada as necessidades de aprendizagens dos alunos da Turma de Progressão, a realização do planejamento pelo o professor, das aulas e atividades de todas as disciplinas que contemplam a grade curricular proposta pela Rede para o Ensino Fundamental, deve ser do conhecimento e aprovação da coordenação da escola.
9.1- Conteúdos da Formação:
·      Psicogênese da Língua Escrita.
·      Análise de amostras de escrita.
·      Análise de boas atividades de leitura e escrita para alunos no 2º - 3º - 4º e 5º ano;
·      Planejamento;
·      Agrupamentos produtivos.
·      Intervenções do professor.

10  – REGISTROS DO TRABALHO:
Ao final de cada mês, os alunos serão submetidos à avaliação para análise dos resultados de suas aprendizagens. Esse diagnóstico auxiliará sua tomada de decisão em relação ao que planejar para que os alunos avancem nas suas aprendizagens.
O professor deverá fazer o registro de todo o desenvolvimento dos avanços dos alunos e do seu próprio trabalho.
Diagnóstico quinzenal dos alunos (coleta de produções).
Registro de atividades de escrita (ditado, produções), datadas e organizadas por aluno e por grupo. Pode ser selecionada uma atividade significativa a cada quinze dias que não teve intervenções do professor na hora de sua realização.
Organizar uma pasta com atividades que foram trabalhadas de acordo com o ano, TPI ou TPII. Esse banco de atividades ajudará na organização do trabalho, bem como, possibilitará refletir sobre as situações de leitura, escrita e outros conteúdos que estão na proposta para TPI e TPII para posterior ajuda ao professor pelo coordenador pedagógico.
Cronograma de horário para planejamento das situações didáticas.
Relatório bimestral dos resultados alcançados de cada turma para a coordenação pedagógica e para a SEMEC.
11- ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR DA TURMA DE PROGRESSÃO:
11.1 – Com as Famílias
Após a formação das turmas, a escola deve reunir os pais para compartilhar a respeito dos objetivos do trabalho, para informá-los sobre a importância de essas crianças participarem das turmas de Progressão devido o seu problema de distorção Idade/Série, materiais necessários, para apresentar o professor (a) e para falar-lhes da necessidade do contra turno no avanço das aprendizagens dos alunos.
            Sempre que o professor (a) ou a coordenação perceber que determinados alunos estão faltando, deve comunicar aos pais, podendo também visitá-los a fim de descobrir as causas da infrequência, para que a escola tome alguma posição no sentido de ajudar o aluno retornar as aulas.
11.2- Com a Coordenação Pedagógica
            O professor (a) da Turma de Progressão deve manter um contato permanente com a coordenação Pedagógica e sempre colocando a par do que está acontecendo na turma.
            No Conselho de Classe bimestral, deve compartilhar com a Coordenação Pedagógica sobre os avanços dos alunos, apresentando produções diferentes datadas e com o nome do aluno, para que assim possam perceber o que já conseguiram aprender. Além desse momento o professor (a) da Turma de Progressão, deve manter contato freqüente com os colegas a fim de dar ou obter informações que auxilie no desenvolvimento da sua ação com os alunos.
            Quando finalizado o ano letivo, uma vez que os objetivos propostos foram alcançados, é importante que o professor (a) da turma e Coordenação Pedagógica, analise as aprendizagens alcançadas para que o aluno seja promovido para o ano seguinte com os conhecimentos necessários para dar continuidade nas suas aprendizagens posteriores. Este momento é indispensável no trabalho, uma vez que a aprendizagem dos alunos deve estar de acordo com as possibilidades de aprendizagens do ano que o aluno cursará posteriormente, para assim evitar o acúmulo de deficiências nas próximas aprendizagens.
12 – ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO:
12.1 – Pelo Coordenador (a) da Escola
            O coordenador (a) deve incluir na sua rotina de trabalho um momento com o professor da Turma de Progressão para:
·         Analisar produções dos alunos;
·         Verificar a freqüência.
·         Discutir ajustes necessários nos encaminhamentos do trabalho de acordo com as necessidades.
·         Analisar as atividades realizadas e sugerir outras considerando as características de cada turma.
·         Planejar atividades.
12.2 – Pelo Formador (Coordenação Pedagógica) do Grupo de Professores.
            O acompanhamento do formador responsável pela formação dos professores tem como objetivo:
·         Observar a atuação dos professores (as) para posterior tematização da prática pedagógica na formação.
·         Acompanhar o desenvolvimento do trabalho dentro da escola, propondo alternativas para as dificuldades observadas.
·         Promover a articulação da escola com a SEMEC e ou outros segmentos para tomada de decisões.
·         Assegurar que os objetivos propostos para o trabalho sejam concretizados na (as) escola (as).

13.0- ORGANIZAÇÃO  DO TRABALHO PEDAGÓGICO
13.1      AMBIENTE ALFABETIZADOR DE APRENDIZAGEM
O ambiente alfabetizador, ou ambiente de aprendizagem como é definido por Alro e Skovsmose (2006) é aquele ambiente onde o que prevalece é a comunicação entre docentes e discentes ambos têm o direito de falar, ouvir e serem respeitados. Essa comunicação envolve a linguagem oral, escrita, linguagem gestual, linguagem matemática e o principal que é a interação e negociação na produção e construção dos significados. Aqui propomos um ambiente de aprendizagem, pois trabalhamos com a interdisciplinaridade que abrange todas as áreas do conhecimento.
Para NACARATO, MENGALI, PASSO (2009) Um ambiente de aprendizagem pressupõe três momentos:
“ o antes, durante o depois. O primeiro momento pressupõe que o professor se assegure de que a situação a ser proposta aos alunos seja ao mesmo tempo desafiadores, mas não gere a frustação da incapacidade de resolvê-la. O professor, pelo contato constante com seus alunos, tem condições de avaliar que situações propor e em que momento do seu planejamento elas podem ser proposta. No momento da resolução da situação proposta – o durante-, o professor acompanha o trabalho dos alunos e avalia para si se a escolha foi ou não adequada ao contexto. No último momento, o professor aceita a solução dos alunos sem avalia-las e conduz a discussão enquanto os alunos justificam e avaliam seus resultados e métodos. Então, o professor formaliza os novos conceitos e novos conteúdos” (NACARATO, MENGALI, PASSO p.48, 2009).
Ao construir um ambiente de aprendizagem a criança passa vivenciar situações reais de leitura e escrita, conceitos matemáticos, científicos, históricos e geográficos, para tanto, faz-se necessário muita dedicação, inovação e criatividade do educador, para promover essas  aprendizagem aos alunos. Aqui apresentaremos algumas situações de um ambiente de aprendizagem retirada do livro “Alfabetização Linguistica: da teoria a pratica”  “A organização do ambiente da sala de aula pode facilitar a convivência da criança com o texto. Uma biblioteca ou uma caixa com livros de histórias, um baú com coleções de jogos de leitura, , coleções de textos, jornais e revistas, embalagens e rótulos diversos podem constituir rica matéria prima para uma oficina pedagógica em que o professor e alunos trabalhem, brinquem e construa juntos seus conceitos, recriando e reproduzindo ideias escritas. (BIZOTTO, AROEIRA, PORTO, P.  67-68, 2010).
Segundo Ana Teberosky, um ambiente alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos – digitais ou em papel – um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo o momento esses escritos, que faz circular idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora”. Permitindo desta maneira, a inserção da língua escrita no cotidiano do alfabetizando, seja por meio de revistas, jornais, gibis, livros, cartazes, das palavras na lousa, ou de situações cotidianas, como outdoors, letreiro de ônibus ou metrô, caixas eletrônicos etc..
Este ambiente deve ser organizado de forma que se constitua uma ferramenta de aprendizagem, e que inclua diversos gêneros textuais, os quais devem estar acessíveis aos alunos e permitir uma interação com os mesmos. Tal ambiente não valoriza apenas a aparência, o material escrito deve estar relacionado com as atividades desenvolvidas, de acordo com as necessidades dos alunos, o que possibilita as crianças construírem seu próprio conhecimento.
Ainda em relação a esse ambiente sugere-se que de acordo com o Caderno 1 de matemática:  “Organização do Trabalho Pedagógico” o espaço físico da sala de aula os números não deve ser o único recurso disponível para o aluno, que o mesmo deve dispor:
“ portadores de texto com diferentes usos e representações numéricas como, por exemplo, reportagens de jornal com gráficos, tabelas de pontuação de jogos e brincadeiras, placas de carro, rótulos de embalagens etc. tabela numérica com números de 1 a 100 para a exploração de regularidades; varal com os símbolos numéricos, construídos pelos alunos. Um mural que possibilite afixar as produções dos alunos, textos complementares, curiosidades matemáticas etc. Um calendário para reconhecimento e contagem do tempo (dia, mês, ano); Listas variadas de assuntos que o professor deseja discutir com os alunos, tais como: nomes dos alunos, datas de aniversário, eventos da escola, brinquedos e brincadeiras preferidas, etc. régua para medição de altura dos alunos; uma balança que possibilite identificar o peso; Relógios para medição do tempo; jogos diversos, materiais manipuláveis (ábaco, material dourado, sólidos geométricos etc). materiais variados e confeccionados pelos alunos.  Um conjunto de calculadora básica, livros de histórias infantis cordas, revistas para recorte. (PNAIC, CADERNO 01 ORAGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, P 16 2014)
É importante que os materiais utilizados no ambiente alfabetizador, estejam ao alcance da criança, porque contribui para seu interesse. Quanto mais o aluno tem acesso à cultura escrita, materiais manipuláveis  maior será a construção de conhecimento sobre a língua.
                 O professor precisa planejar e pensar em diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para levar todos a aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um e avaliar constantemente os resultados alcançados. É um trabalho complexo mais não solitário é necessário o envolvimento de todo o corpo da escola bem como os colegas, o diretor e o coordenador pedagógico e principalmente a parceria com os pais dos alunos no processo ensino e aprendizagem.       
13.2      ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
     O que almejamos para os alunos n ciclo de alfabetização se efetive na realização do planejado. Para tento, e preciso pensar nas diversas formas de organização tanto do espaço físico da sala de aula quanto do movimento de problematização, discussão e sistematização de conhecimentos em linguagem como em matemática. Com relação a esse espaço, entendemos que esse necessite ser reconhecido como um espaço alfabetizador com instrumentos, símbolos, objetos e imagens (matemática) , uma cantinho ou uma caixa com livros de histórias, coleções de textos, jornais e revistas, embalagens e rótulos diversos pertencentes ao campo da alfabetização e letramento. Assim sugere-se que cada sala de aula disponha de alguns materiais que podem ser providenciados pelo professor e pelos alunos ou  que podem ser adquiridos pela escola como tais como:
1-Canto de leitura e de matemática acessível aos alunos;
2-Materiais diversos como: alfabeto móvel, uma tabela numérica, cartazes, calendário, mural que possibilite afixar as produções dos alunos etc.
3-Outros materiais que o professor julgar necessário, segundo os projetos e as atividades que desenvolve no decorrer do ano.
     Com um ambiente físico preparado para o acolhimento dos alunos e para que as aulas aconteçam é importante que o professor estabeleça uma orientação inicial aos alunos apresentando uma proposta de rotina de trabalho no dia. Nesse sentido, é possível que o professor, ao entrar em sala de aula, explicite na lousa ou quadro uma rotina do que irá acontecer naquele dia, listando e numerando cada atividade. Mesmo que os alunos ainda não saibam ler, o professor pode ir fazendo a leitura e listando as atividades no canto da lousa ou quadro, reduzindo a ansiedade e expectativa dos alunos quanto ao trabalho dia.
     A organização das carteira também precisa ser pensada  com antecedência e executada na sala de aula. A decisão sobre como as carteiras podem ser organizadas tem a ver com a atividade planejada para aquele dia e de acordo com cada tarefa: em duplas, em forma de “U” , em círculos; As carteiras uma atrás da outra, como tradicionalmente as salas de aula são dispostas, pouco contribuem para o coletivo dos alunos participe da aula.

13.3      GESTÃO DA SALA DE AULA
Ter uma boa gestão da sala de aula ajuda a contornar problemas como a indisciplina, lidar com o inesperado, as incertezas, evitar os improviso e administrar a rotina para que todos aprendam. Par isso sugere-se que o professor:
1-     Exponha a rotina diariamente para os alunos explicitando os objetivos, o conteúdo em quanto tempo isso vai se dar e como será a dinâmica;
2-  Faça combinados com os alunos para que todos aceitem regras e passe adotá-las;
3-     Proponha atividades desafiadoras e valorize as ideias dos alunos encaminhando o raciocínio para que solucione o problema;
4-     Proponha lições de casa como um momento individual, estudo, descoberta e reflexão;
5-     Busque parcerias com outras turmas ou instituições;
6-     Ao propor reunião com os pais liste o que é relevante para os pais saberem de acordo com o que estar sendo trabalhado com os alunos e agende um horário que seja compatível com o horário dos pais.
7-     Proponha parcerias com os pais ou responsáveis e mostre os objetivos da escola e como vê o processo de aprendizagem;
8-     Informe-se sobre os familiares (o que  fazem, o horário de trabalho...);
13.4 ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
A turma de Progressão seguirá como orientação metodológica o Método sociolinguístico. Este método tem como associação o método Socioconstrutivismo e a Psicogêneses da Língua Escrita, composto por quatro passos:
1º passo: codificação- levantamento dos conhecimentos prévios sobre o tema, conhecimento de mundo, por meio da oralidade.
2º passo: descodificação- analise critica do tema, fundamentação cientifica por meio de leitura de textos;
3º passo: análise e síntese- análise de uma palavra relacionada ao tema, objetiva o aluno à descoberta de que a palavra escrita representa a palavra falada. Analisa a palavra quanto ao numero de sílaba. Desmembramento da palavra em famílias silábicas, na lousa. Encontro entre as famílias, as silabas que formam a palavra. Leitura das famílias silábicas em sequencias diferentes. Formação de novas palavras utilizando as famílias silábicas..
4º passo: fixação da leitura e escrita- Revisão da análise das famílias silábicas para formar novas palavras com significado e para composição de frases e textos reais, com leitura e escrita significativa.


13.5- MODALIDADES  ORGANIZATIVAS
       No planejamento da rotina pedagógica, é importante considerar tanto a natureza dos objetos de ensino, quanto os conhecimentos e habilidades que os alunos precisam aprender conforme as proposições curriculares das diferentes áreas do conhecimento. Faz-se necessário propor diversas situações de aprendizagens, organizadas temporalmente como:
1-Atividades Permanentes é um trabalho regular, diário, semanal, ou quinzenal que objetiva uma familiaridade maior com um gênero, ou um tema de uma área curricular.
2-Sequência Didática pressupõe um trabalho pedagógico organizado em uma determinada sequência, durante um determinado período, criando assim uma modalidade de aprendizagem mais orgânica.
3-Projetos prevê um produto final, o planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do tempo, divisão de tarefas, a avaliação gira em torno do que se pretendia inicialmente. Proporciona autonomia ao aluno e responsabilidade coletiva. Os anseios  do produto final mobiliza toda comunidade escolar.
4-Atividades de Sistematização são destinadas a fixação de conteúdos trabalhados. Em relação à alfabetização priorizam-se os conteúdos de análise linguística- Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética.

13.6-ESTRATÉGIAS DE LEITURA
       Em relação aos conceitos de leitura e escrita, pode-se dizer, de forma sintética, que ler é atribuir significados a um texto, é saber interpretar a ideia escrita e, correspondente, escrever é interagir através de um texto, é produzir uma ideia com significados e função definidos. Ao ler usamos várias estratégias que nos ajudam a ter agilidade e rapidez na própria leitura, e é importante propor situações em que os alunos possam desenvolvê-las. Ao ler, inconscientemente usamos várias estratégias de leitura como:
1-Seleção permite que o leitor atenha-se apenas aos índices úteis, desprezando os irrelevantes. É acionada durante a leitura.
2-Antecipação é possível prevê o que ainda está por vir, além de letras, sílabas e palavras antecipamos também significados.
3-Inferência permite captar o que não está dito no texto de forma explícito. É o que lemos, mas não está escrito, mas que o autor quis transmitir. É acionada durante e depois da leitura.
4-Verificação torna possível a eficácia ou não das demais estratégias. Permite confirmar ou não as hipóteses levantadas. É a checagem do que foi antecipado. É acionada depois da leitura.

13.7-PROCEDIMENTOS DE LEITURA:
                            São competências básicas que serão demonstradas por meio de habilidades  conforme compreensão leitora. São  procedimentos de leitura os seguintes descritores:
 D1- Localizar informações explícitas em um texto;
 D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão;
 D4- Inferir uma informação implícita em um texto;
 D6- Identificar o assunto ( tema ) de um texto;
D11- Distinguir um fato da opinião relativo a esse fato.
As estratégias de leitura e procedimentos de leitura  são conteúdos indispensável à compreensão leitora. Portanto é preciso ser ensinados, tomados como objeto de ensino prioritário.
13.8- MODALIDADES DE LEITURA
São formas diferenciadas de realização de uma leitura: global, seletiva, esporádica, silenciosa, em voz alta, compartilhada, colaborativa.
13.9-TIPOS TEXTUAIS E GÊNEROS TEXTUAIS
Tipos textuais são definidos pela natureza linguística da sua composição. São categorias teóricas determinadas pela organização dos elementos lexicais, sintáticos e relações lógicas presentes nos conteúdos a serem falados ou escritos. São narrativos, expositivos, argumentativos,  descritivos e injuntivos.
Gêneros textuais São instrumentos culturais disponíveis nas  interações Sociais. São historicamente mutáveis e relativamente estáveis. São indefinidos.

13.10-CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E CONSCIÊNCIA FONEMICA:
Consciência fonológica consiste na capacidade de refletir conscientemente sobre as unidades sonoras das palavras. Exemplo, ao escrever a palavra POÇO a criança já tem certeza que a palavra é escrita com Ç e não com SS.
Consciência fonêmica consiste na capacidade de escrever palavras com sílabas não variáveis, ou seja, com letras que apresentam apenas um som: b, d , f, p, t, v. Exemplos BODE, FITA, PATO. Estas palavras não apresentam uma segunda opção de escrita.
Alfabetizar considerando apenas o desenvolvimento da consciência fonêmica é considerar o sistema de escrita como um código.

13.11 -ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÕES
É de suma importância o professor estar averiguando as dificuldades e descompassos dos alunos ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para isso faz se necessário o professor:
- Fazer um diagnóstico da turma levando em consideração os conhecimentos preliminares do tema estudado;
- Faça questionamentos pertinentes do assunto;
- Faça comentários sobre o assunto;
- Estimule o aluno a solicitar comentários orais e escritos do assunto em debate.
- Busque informações a partir de uma pergunta que se formulou sobre o tema: saber selecionar as obras pertinentes ao tema que se deseja estudar- livros, enciclopédias, revistas, depoimentos, pesquisas de campo etc., consultando a biblioteca da classe, da escola e do bairro, especificando os pedidos de orientação aos bibliotecários e/ou a busca nos arquivos.
-Antecipe o conteúdo dos textos a partir do título, subtítulo, imagens, capa e contracapa.
-Busque pistas nos textos para verificar antecipações.
-Coordene as informações proporcionadas pelo texto com aquelas provenientes das imagens.
-Releia os fragmentos que geram dúvidas ou nos quais o leitor vê alguma contradição. As situações de leitura em pares ou grupos e a confrontação da informação entre os companheiros favorecem esse controle.
-Diante de uma dificuldade, avançar no texto buscando elementos que permitam compreender melhor ou voltar, quando perdeu uma informação relevante.
- Resolva dúvidas sobre o significado de uma palavra ou expressão formulando hipóteses baseadas no contexto, estabelecendo relações lexicais com palavras conhecidas, procurando no dicionário mais consistente com o sentido do texto.
- Anote para compreender melhor, para reter elementos ou para voltar a localizar uma informação.
- Assinale o que considera relevante por meio de marcas ou sublinhado.
- Discuta, quando há discrepâncias entre o que diferentes alunos consideram relevante no texto que estão lendo, e explicar as razões da seleção, confrontá-la com a dos colegas e revisá-la à luz do confronto de opiniões.
14.0 ATENDIMENTO AOS ALUNOS QUE NÃO DOMINAM O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA:
Para atender os discentes que ainda não dominam o SEA propõe-se que além das atividades da Sequência Didática e dos Projetos, serão trabalhadas atividades de Sistematização que atendam as reais necessidades de todos os alunos. Estas atividades deverão ser diárias, incluindo atividades para casa. As atividades devem ser desafiadoras, dinâmicas e  criativas. Incluindo o lúdico: os jogos didáticos, jogos de palavras e brincadeiras, até que todos os alunos dominem o SEA, ( Sistema de Escrita Alfabética).
            A meta a ser alcançada é que, ao final do Ciclo da Alfabetização, a criança esteja dominando o sistema alfabético de representação da escrita para escrever seus textos e ler com autonomia e compreensão dos textos apresentados. Deve ter, pois, consolidado não só as habilidades a respeito do funcionamento da língua escrita, mas também as habilidades referentes à leitura e à escrita necessárias para expressar-se, comunicar-se e participar das práticas sociais letradas, bem como ter desenvolvido o gosto e o apreço pela leitura, consideradas para este segmento de aprendizagem.
15.0-ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM DEFICIENCIAS: UMA PROPOSTA INCLUSIVA
De acordo com a nova Política Nacional  de Educação Especial publicada em Janeiro de 2008 pelo Ministério da Educação e Secretaria de Educação Especial  a educação inclusiva passa a ser obrigatória e de responsabilidade as instituições de ensino efetivando a matricula no ensino regular e a reorganização dos sistemas de ensino.
De acordo com as Diretrizes operacionais para o atendimento especializado na educação básica “...a  concepção de Educação Especial nesta perspectiva da educação inclusiva busca superar a visão do caráter substitutivo da Educação Especial ao ensino comum, bem como a organização de espaços educacionais separadas para alunos com deficiências. Essa compreensão orienta que a oferta do AEE será planejada para ser realizada em turno inverso ao da escolarização, contribuindo efetivamente para garantir o acesso dos alunos à educação comum e disponibilizando os serviços e apoios que complementam a formação desses alunos nas classes comuns da rede regular de ensino” BRASIL 2013, P. 299.
Na perspectiva da educação inclusiva a Proposta Curricular, o Município de Rio Maria elaborou um plano de atendimento especializado com uma equipe de profissionais multifuncional para atender esses alunos no contra turno. O plano de atendimento do AEE está em anexo a esse documento.
Para o atendimento dos educando com necessidades especiais  na sala comum  propõe-se ações para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem como:
ü  O aprendizado deve ser realizado a partir de situações reais e diversas alternativas como jogos, brincadeiras e experimentação de diferentes estratégias ;
ü  Valorizar o processo e a singularidade de cada aluno, evitando comparações sem sentido;
ü  Estabelecer a organização de rotinas para as crianças;
ü  Proporcionar atividade em dupla e em grupos, possibilitando a referencia de modos de agir e participação por meio de seus pares;
ü  Proporcionar ações com envolvimento de outros alunos;
ü  Dirigir-se verbalmente ao aluno autista durante as atividades em sala de aula;
ü  Propor práticas e intervenções novas e diferenciadas, considerando a organização do trabalho ao tempo e necessidade dos alunos;
ü  Pensar formas de avaliação que contemple a heterogeneidades da sala de aula, e não uma avaliação pautada na homogeneidade que contribua para a exclusão.
Contudo tais estratégias dependem das especificidades e acuidade, além de uma formação inicial  e continuada que o encaminhe para isso.

16 – AVALIAÇÃO
16.1 – Avaliação e Acompanhamento na Turma de Progressão:
            A concepção de avaliação coerente com a proposta da Turma de Progressão compreende a avaliação como parte do processo pedagógico que dialoga permanentemente com o ensino e com as aprendizagens construídas pelos alunos. “Assim, é fundamental uma prática avaliativa que tenha memória”. Memória que só pode existir a partir do registro dos processos, das descobertas, das tentativas, dos percursos de cada turma (...) (Freitas e Fernandes Apud Araujo, 2008. P 65).
            Nesse sentido, a avaliação precisa ser global e contínua, realizada por meio da observação direta e do acompanhamento do progresso do (a) aluno (a) nas atividades específicas de cada período, levando em consideração o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, sociais, emocionais/afetivos e físico-motores. Assim, os mecanismos de avaliação devem ser elaborados considerando também o contexto e as interações concernentes ao processo individual e coletivo, processos esses que se realizam no espaço escolar e que norteiam o planejamento das aulas.
            Dessa forma os alunos das turmas de TPI e TPII serão avaliados através de PARECER, onde será registrada a síntese do processo de desenvolvimento e de momento aprendizagem de cada aluno (a), expressando os resultados dos momentos vivenciados na práxis educativa no decorrer do ano escolar.
            Avaliação Inicial ou Diagnóstica: é um instrumento de investigação do professor, ao realizá-la ele toma conhecimento do processo de aprendizagem do aluno e pode analisar o que já sabe cada um e o que ainda precisam aprender o que ele faz sozinho e o que faz com ajuda do colega ou do professor. Ao analisar o resultado dessa avaliação o professor tem melhores condições para planejar a organização do trabalho pedagógico com o seu grupo e focar suas intervenções em relação a cada um dos problemas detectando e registrá-los.
            Avaliação Formativa ou Processual: Considerando que o conhecimento não é construído ao mesmo tempo e da mesma forma por todas as crianças o professor precisa avaliar como as crianças estão progredindo. Essa avaliação serve para verificar se o trabalho do professor está sendo produtivos e se os alunos estão de fato aprendendo com as situações que foram propostas. Constituem situações de aprendizagem em que os alunos: realizam as atividades coletivas, em pequenos grupos, duplas e interagem entre si. Enquanto os alunos realizam as atividades de aprendizagem propostas, o professor circular na sala para fazer observações internacionais construídos ou em construção pelos alunos realiza registros individuais das observações a fim de planejar: os conteúdos que precisam ser retomados, adequação dos desafios das atividades, organização dos agrupamentos, etc.
            A partir das informações obtidas através dos registros o professor poderá tomar decisões quanto à continuidade do trabalho ou poderá rever o seu planejamento a fim de alcançar os seus objetivos em relação às aprendizagens que ainda precisam ser desenvolvidas pelos alunos.
Para que Avaliar
            A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem dos alunos, por isso avalia-se para:

Professor
·         Identificar o que os alunos já sabem e o que ainda precisam aprender, considerando o ponto de partida de cada um;
·         Reorientar planejamento do ensino quanto às necessidades de adaptações curriculares para que todas as crianças possam aprender sem acumular dificuldades ao longo da escolaridade;
·         Organizar agrupamentos produtivos e colaborativos entre as crianças;
·         Adequar às suas intervenções de acordo com os conhecimentos que as crianças possuem para que possam avançar;
·         Redefinir metas e objetivos de trabalho com a turma;
·         Promover novas situações didáticas para os alunos que não dominam os conteúdos propostos e em conseqüência disso, não avançam nas suas aprendizagens;
Coordenador Pedagógico
·         Informar aos professores, alunos e pais sobre a atuação da escola como espaço de promoção da aprendizagem;
·         Definir metas e ações de trabalho coletivas ou específicas para cada turma;
·         Promover ajustes no planejamento assessorando o professor;
·         Discutir alternativas para atuar frente às dificuldades de aprendizagens identificadas de acordo com a realidade de cada escola;
·         Promover ações de formação permanente dos docentes e estimular a participação nas formações ofertadas pela secretaria e outras instituições;


OBSERVAÇÕES
1-    No momento do registro da avaliação o (a) professor (a) deverá observar os aspectos cognitivos, sociais, emocionais/afetivos e físico-motores desenvolvidos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem de cada aluno (a). Para tanto algumas questões deverão ser analisadas em relação a esses aspectos.

1.1  Quanto aos aspectos cognitivos: Observar se os objetivos propostos nos componentes curriculares, sistematizados no planejamento de ensino foram ou estão sendo alcançados, considerando a capacidade que o aluno (a) possui para construir conhecimento, uma vez que construir conhecimento é fazer deste ato, ação e não só recuperação. Dessa forma, considerar-se-á o processo das informações, a capacidade de adaptação e situações diferentes, as soluções dos problemas, a percepção e a interpretação das ações experienciadas no contexto escolar.

1.2- Quanto aos Aspectos Sociais:
            Observar as condutas construídas pelo (a) aluno (a) a partir de sua convivência escolar, considerando as manifestações desses sujeitos nas vivências e experiências concretas no cotidiano escolar. Deve-se observar como o (a) aluno (a) interage com os grupos sociais que vão se estabelecendo no espaço escolar; se amadurece suas relações com os grupos; se consegue estabelecer vínculos e se constrói valores. É fundamental que o (a) professor (a) compreenda que o (a) aluno (a), em relação a esses aspectos, traz consigo experiências, hábitos, atitudes, valores e modos de se expressar que constituem partes da cultura dos grupos sociais com os quais interage e que, portanto devem ser respeitando durante o processo avaliativo.
1.3– Quanto aos aspectos emocionais/ afetivos:
Observar as condutas construídas pelo (a) aluno (a) no que diz respeito ao desenvolvimento de suas emoções e ao processo como estabelece e amadurece seus laços afetivos, seu autoconhecimento, bem como controle de suas ações e emoções. É importante destacar que o individuo elabora ao longo da vida características peculiares que no contexto de interação com o outro contribuem para a formação da sua subjetividade, da sua individualidade e da sua identidade.
1.4- Quanto aos aspectos físico-motores:
            Observar o processo de maturação (física, orgânica e neurofisiológica) do corpo do (a) aluno (a), permitindo identificar o desenvolvimento integrado das funções cognitivas, sociais e emocionais/afetivas, traduzidas nas práticas de convivência na escola.
2-    Tais aspectos não podem , entretanto, ser visto de forma fragmentada, posto que o desenvolvimento e a aprendizagem humana são processos construídos conjuntamente.
3-    As informações contidas neste documento deverão ser coerentes entre metas planejadas, o que foi ensinado e o que foi avaliado.
4-    O parecer será construído semanalmente, sendo entregue uma cópia à secretaria da escola e aos pais/responsáveis dos (as) alunos (as) ao final de cada semestre.



 CONSIDERACÕES FINAIS:
   Esta proposta não esta pronta e acabada, podendo sofrer adequações quando a equipe, após avaliação achar necessário, uma vez que o foco da mesma e a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica.: Educação Especial. Alfabetização de Crianças com deficiências: uma proposta inclusiva Inclusiva. Brasília 2012.
_______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Diretoria de currículos e Educação Integral. Coordenação Geral do Ensino Fundamental. Coordenação geral de educação infantil. Coordenação Geral do Ensino Médio. Coordenação Geral de Educação Integral. Base Nacional Comum Curricular. Brasília 2015.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Caderno da Educação matemática no campo.  Alfabetização matemática. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília, 2014.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica.: Alfabetização e linguagem, fascículo 1  Pro Letramento. Brasilia 2008.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica-Secretaria de Educação Continuada. Secretaria de Educação Profissional. Conselho Nacional de Educação. Câmara Nacional de Educação básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica.  Alfabetização Diversidade e Inclusão.  Brasília 2013.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Coordenação Geral do Ensino Fundamental: Elementos Conceituais e Metodológicos para Definição dos Direitos de Aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos) do Ensino Fundamental. Brasília 2012.
______BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Alfabetização e Matemática, Educação Inclusiva. Brasília 2014.
BIZZOTTO, Inês; AROEIRA, Luisa: PORTO, Amélia. Alfabetização Linguística: da teoria à prática. 1ª edição, Ed. Dimensão, Belo Horizonte, 2010.
BRASIL, Ministério da Educação- Secretaria de Educação Básica. Caderno 01 Organização do trabalho Pedagógico. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília, 2014.
MENDONÇA, Onaide Schwartz; Olyimpio Correa Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética. 3ª ed. Ed. Cortez, São Paulo, 2009;
MINAS GERAIS, Secretaria Municipal de Educação de Minas Gerais. Currículo Básico Comum do Ensino Fundamental Anos iniciais: ciclo de alfabetização e complementar. Minas Gerais 2010
MONTES CLAROS, Prefeitura Municipal de Montes Claros. Secretaria Municipal de Educação. Divisão de Ensino Fundamental. Seção Anos Iniciais. Proposta Curricular – anos Iniciais – Versão Preliminar- ensino Fundamental primeiro ao quinto ano. Dezembro, 2011.
NACARATO, Mendes; MENGALI, Silva; PASSOS, Brancaglion. A Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental: Tecendo fios do ensinar e do aprender. Ed. Autêntica, Belo Horizonte, 2009;
SEDUC, Registro avaliativos, 2009.LETRAMENTO, Alfabetização e Língua, MEC – 2008. Diretrizes Gerais, Parauapebas-Pá, 1º ciclo, 2008.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 7ª edição. São Paulo 2000. Editora Liberdade.