segunda-feira, 27 de julho de 2020


DIRETORIA DE ENSINO/ DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/PMALFA – 2020


RE- PLANEJAMENTO DE AULAS REMOTAS PARA ENCERRAMENTO DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2020


Apresentação
           
            Desde o início de março do ano em curso, a Secretaria Municipal de Educação de Rio Maria vem procurando desenvolver um conjunto de ações para prevenir a disseminação do corona vírus. A partir do dia 16 de março, elaboramos o PROJETO de Intervenções Pedagógicas com o intuito de tomar medidas mais intensas para evitar a proliferação do corona vírus e também oferecer atendimento no formato de aulas remotas.  Inicialmente, a suspensão das aulas presenciais até 15 maio de 2020, e a partir de então, a antecipação das férias recessos escolares e férias docentes, com duração 45 dias.
            Com a extensão das medidas de distanciamento social devido à evolução da pandemia, as retomadas das atividades escolares passaram a ser feita de forma não presencial, a fim de que fosse possível a continuidade da aprendizagem dos estudantes. As atividades presenciais são primordiais para a aprendizagem dos estudantes. Tanto para seu desenvolvimento socioemocional, por meio das relações, professores e outros profissionais das escolas que são importantes para que os estudantes aprendam a conviver com pessoas diferentes, quanto para o desenvolvimento cognitivo, aprendendo com o apoio mais próximo dos professores.  
            Reconhecendo essas limitações, a Secretaria de Educação por meio da Diretoria de Ensino, buscou desenvolver uma série de estratégias para apoiar as escolas e para que pudéssemos, em conjunto, dadas as restrições necessárias para evitar a transmissão da COVID-19, fazer o que é possível para garantir aos estudantes aprendizagem de fato e a continuidade nos estudos. Nesse sentido, o objetivo do projeto documento foi apoiar esse processo de troca de conhecimentos.

Justificativa

            Em tempo de corona vírus e isolamento social, milhões de crianças e jovens deixaram suas escolas e estão dentro de suas casas, tendo de lidar com uma rotina nunca vivenciada. Como famílias e educadores podem encarar esse novo paradigma que nos tirou da zona de conforto? Como praticar uma mudança de mentalidade, sem estresse e desconforto? Entender mais sobre as competências socioemocionais e como é possível para qualquer pessoa as desenvolver é o caminho para seguirmos fortalecidos nesse momento. O mundo está vivendo um de seus momentos mais difíceis ao ter que lidar com a pandemia do corona vírus, que se espalhou em velocidade rápida por todos os países.
 O que temos visto é um sentimento de pertencimento a uma única humanidade e, se as fronteiras nacionais estão fechadas, é apenas por um protocolo de proteção à saúde das pessoas. Afinal, moramos todos em um mesmo planeta azulado. Estamos lutando contra o tempo, aprendendo juntos a combater a disseminação do vírus e, mais do que nunca, nossas competências socioemocionais estão sendo colocadas à prova nesse contexto de crise. Para lidar com insegurança, ansiedade, medo, isolamento, mudança de rotinas e indefinições é preciso ter empatia, resiliência, foco, responsabilidade, cuidado consigo e com o outro, entre outras competências. A necessidade de suspensão das aulas e de outras atividades nas escolas causou uma mudança drástica e repentina na rotina dos estudantes e de suas famílias.
Assim como milhares de professores, gestores escolares e equipes das secretarias de educação precisaram se adaptar para garantir que a relação ensino e aprendizagem continuassem a acontecer no modelo de educação remota ou por outras formas. Com a chegada da pandemia e o fechamento das escolas, professores foram forçados a se dedicar ao ensino remoto, se adaptando de acordo com suas possibilidades. Foram e estão sendo verdadeiros


heróis, ao lidarem com uma tecnologia nem sempre muito familiar a eles e com as dificuldades de acesso relativas a cada região do país. E como muita gente, tiveram que se dividirem entre o trabalho remoto, os cuidados com a casa e familiares, e ainda lidar com suas próprias emoções. No retorno às aulas presenciais, após a reabertura das escolas, eles terão que enfrentar um “novo normal”, com alternâncias de atendimento, modelos híbridos de ensino e as regras sanitárias a serem seguidas. Apesar do contexto de crise atual, acreditamos que a educação não pode ser deixada de lado. Por isso, selecionamos habilidades que podem ser desenvolvidas em casa e envolvem o estudante e sua família, criando oportunidades de interação e desenvolvimento das crianças.
As atividades cunhadas nas habilidades essenciais podem ajudar na compreensão dos estudantes sobre o cenário atual, proporcionando a eles ferramentas e exercícios para lidarem melhor com o distanciamento social e mudanças de rotina. Abordando a relação da criança com os próprios sentimentos, e exercitando o autoconhecimento e a empatia, as atividades contemplam competências como criatividade, interesse artístico, assertividade e tolerância à frustração e ao estresse. Para trabalhar o foco, a organização, a responsabilidade e a persistência, sugerimos que as crianças estabeleçam uma rotina para a realização das atividades, como é sugerida no Parecer do Conselho Nacional de Educação de nº 5 de 28   de abril de 2020 e o Parecer 11 de julho de 2020, que o mais importante é o trabalho de intervenção educativa e interação social para o desenvolvimento educativo cognitivo e socioemocional. Ainda sobre o parecer 05/2020 as redes de ensino e escolas devem orientar as famílias com roteiros práticos e estruturados para acompanhar a resolução de atividades pelas crianças. No entanto, as soluções propostas pelas redes não devem pressupor que os “mediadores familiares” substituam a atividade profissional do professor. As atividades não presenciais propostas devem delimitar o papel dos adultos que convivem com os alunos em casa e orientá-los a organizar uma rotina diária.
            As atividades pedagógicas remotas devem seguir as competências e habilidades previstas na BNCC e tendo como referência o Currículo Estadual de forma simplificada nos eixos: leitura, escrita, raciocínio lógico matemático, comunicação e solução de problemas. Assim como, desenvolver as habilidades socioemocionais em consonância com as habilidades previstas na BNCC e Documentos Curriculares Estaduais.


ALGUMAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE AS 5 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAL PARA O SEU PLANEJAMENTO

            Desenvolver intencionalmente as competências socioemocionais não se refere a “dar uma aula sobre a competência”. Apesar de ser importante conhecer e apresentar aos estudantes quais são as competências trabalhadas e discutir com eles como elas estão presentes no dia a dia, o desenvolvimento de competências socioemocionais acontece de modo experiencial e reflexivo. Portanto, ao preparar a estratégia das aulas, é importante considerar como oferecer mais oportunidades para que os estudantes mobilizem a competência em foco e aprendam sobre eles mesmos ao longo do processo. Abaixo você pode conhecer alguns aspectos importantes para o exercício de cada uma das competências estratégicas para a retomada das aulas presenciais:

           TOLERÂNCIA AO ESTRESSE - Esta competência diz respeito a como os estudantes lidam com as suas emoções negativas, que estão presentes no dia a dia. O seu desenvolvimento pode ser potencializado quando os estudantes são convidados a refletir sobre como reagem em situações difíceis, que geram medo e preocupação. No momento de apresentação da competência é possível promover rodas de conversas com objetivo de compartilhar histórias positivas sobre pessoas que passaram por momentos difíceis, incluindo os advindos da pandemia. No decorrer das atividades planejadas, promova outras rodas de conversa nas quais os estudantes possam refletir sobre as estratégias pessoais que utilizam para se acalmar ou para construir modos de lidar com essas emoções, bem como identificar quais são as pessoas que fazem parte de suas redes de apoio.
 

           EMPATIA - Esta competência diz respeito à construção de relacionamentos de respeito na qual uma pessoa se conecta com os sentimentos e as necessidades dos outros. Para apresentar e problematizar o conceito dessa competência, além dos conhecimentos prévios e experiências da turma, vale apresentar um vídeo ou fotografia que represente a expressão desta competência (há várias opções no Youtube, se esta for uma possibilidade) para que o entendimento sobre empatia possa ser ampliado. Durante as aulas programadas, proponha atividades que demandem interação entre os estudantes ou destes com pessoas da comunidade, instigue a reflexão sobre semelhanças e diferenças entre os indivíduos e quais implicações estas podem ter para a construção das suas necessidades e de seus sentimentos. Atividades em grupo e que preveem o diálogo, como um debate para a solução de um desafio coletivo ou de um dos grupos favorecem o seu desenvolvimento.
 

             RESPONSABILIDADE - Esta competência diz respeito a como gerenciamos os nossos compromissos. No início das aulas planejadas, é importante instaurar a roda de conversa para ouvir o que os estudantes pensam sobre essa competência e como a exercitam no dia a dia, sem cair em julgamentos. Durante o desenvolvimento do trabalho com os estudantes, envolva-os na criação de regras e combinados para a realização de uma atividade, assim como para a interação em um exercício, pesquisa na escola ou na comunidade, entre outros. Nesta oportunidade, retome a importância de cumprir com os compromissos e convide os estudantes a refletirem sobre os efeitos do seu não cumprimento para sua aprendizagem, relações de confiança e a vida em geral.
 

             IMAGINAÇÃO CRIATIVA - Esta competência diz respeito ao olhar que dedicamos ao mundo e aos desafios encontrados. Um modo de mobilizar a discussão sobre a competência imaginação criativa pode ser a proposição de uma situação-problema mais complexa para que trios ou quartetos de estudantes possam elaborar suas estratégias de resolução. A partir desse aquecimento, realize uma roda de conversa para que os estudantes possam trazer seus pontos de vistas e vivências. Para a continuação das atividades também é importante considerar o estímulo à pesquisa de diferentes perspectivas de uma ideia e de como colocá-la em prática. Com o tempo, os desafios podem envolver superar a forma com que sempre fizeram algo ou realizar novas conexões entre informações para propor soluções.
 

           ORGANIZAÇÃO - O que é? Está relacionada ao gerenciamento do nosso tempo e das nossas atividades, seja no curto ou no longo prazo. Envolve ser pontual, organizar pertences pessoais e os da escola, bem como o planejamento de nossos horários, atividades e objetivos futuros. Por que essa competência é importante nesse momento? O contexto do retorno às aulas exige alta capacidade de organização para o cumprimento das tarefas e do tempo. Assim como a responsabilidade, a organização é uma competência socioemocional que diz respeito à capacidade de autogestão do estudante e contribui imensamente para a aprendizagem.

CONFIRA ALGUNS PONTOS A SEREM CUIDADOS NAS DEVOLUTIVAS:

• Cultive uma relação de confiança, abertura, reciprocidade e compromisso com os estudantes.  Uma boa relação se traduz em gestos de interesse, conhecimento e valorização dos saberes e pontos de vista, bem como no reconhecimento da singularidade de cada estudante. Nas conversas de feedback não cabe julgamentos ou desrespeito.
• Acredite no potencial de cada estudante. Nas conversas de feedback é fundamental acreditar e explicitar que você acredita no potencial de cada estudante. Valorize o processo e o esforço, não apenas o “resultado” em si.
• As palavras e as perguntas são poderosas! Use palavras que: comuniquem respeito ao estudante e ao seu processo de aprendizagem; posicionem o estudante como agente ativo e protagonista; provoquem pensamento e reflexão. Proponha questões instigantes, que explorem por que e como. Evite perguntas com base em aprovação ou desaprovação (por exemplo: “Você se comportou bem?”). A importância do diálogo (feedback) para o desenvolvimento das competências socioemocionais,

MONITORAMENTO DAS AÇÕES PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS NEGATIVOS À EDUCAÇÃO CAUSADOS PELA SUSPENSÃO DAS AULAS PRESENCIAIS EM FUNÇÃO DA PANDEMIA.
Providencias a seguir:
a)    Proteger a saúde dos alunos e dos profissionais, garantir o aprendizado acadêmico e dar apoio emocional aos alunos e ao corpo docente.
b)     Estabelecer mecanismos de coordenação com as autoridades de saúde pública para que as ações de educação estejam em sintonia e ajudem a avançar os objetivos e estratégias de saúde pública, por exemplo: educando alunos, pais, professores e funcionários sobre a necessidade de distanciamento social.
c)    Repriorizar objetivos curriculares, dada a necessidade de selecionar as habilidades mais pertinentes para cada ano de estudo;
d)    Definir o que deve ser aprendido durante o período de distanciamento social.
e)     Identificar a viabilidade de buscar opções para recuperar o tempo de aprendizado depois que o período de distanciamento social.
f)      Identificar os meios de ensino. Quando viável, estes devem incluir a aprendizagem online, pois ela proporciona a maior versatilidade e oportunidade de interação. Se nem todos os alunos possuem dispositivos e conectividade, busque formas de fornecê-los a esses alunos.
g)    Definir claramente os papéis e expectativas dos professores para orientar e apoiar eficazmente a aprendizagem dos alunos na nova situação, através de instrução direta sempre que possível ou orientação para a aprendizagem autodirigida.
h)    Promover a comunicação entre professores, alunos e pais sobre objetivos curriculares, estratégias e sugestões de atividades e recursos adicionais.
i)      Se uma estratégia de educação online não for viável, desenvolver meios alternativos de ensino como a entrega de material impresso.
j)      Assegurar apoio adequado aos estudantes e famílias mais vulneráveis durante a implementação do plano de educação alternativa.
k)    Criar um mecanismo de formação continuada emergencial para que professores e pais possam apoiar os alunos na nova modalidade de ensino.
l)     Definir mecanismos apropriados de avaliação dos alunos durante a emergência.
m)  Definir mecanismos adequados de aprovação e conclusão.
n)    Observar e buscar todo marco regulatório de forma a viabilizar a educação online e outras modalidades, e de forma a apoiar a autonomia e colaboração dos professores. Isso inclui a validação de dia letivo para dias lecionados em planos alternativos de educação.
o)     Cada escola deve desenvolver um plano de continuidade de operações.
p)     As escolas devem desenvolver um sistema de comunicação com cada aluno, e uma forma de checagem diária com cada aluno.
q)    As escolas devem desenvolver mecanismos de checagem diária com professores e funcionários da escola.
r)     As escolas devem fornecer orientação aos alunos e famílias sobre o uso seguro do tempo das atividades e ferramentas online para preservar o bem-estar e a saúde mental dos alunos, bem como oferecer proteção contra ameaças online a menores.
s)     Identificar outras redes ou sistemas escolares e criar formas de comunicação regular com eles para compartilhar informações sobre suas necessidades e abordagens para resolvê-las, e aprender com eles como forma de promover uma rápida melhoria na oferta de educação nas novas modalidades.
t)     Desenvolver um plano de comunicação. Mapear os principais constituintes e mensagens chave para apoiar a execução da estratégia de educação durante a emergência.
u)   Os gestores educacionais devem adotar uma abordagem proativa para contribuir para a mitigação do impacto da Pandemia e para prevenir a perda de aprendizagem durante o período de distanciamento social necessário, devendo também contribuir para a execução dos objetivos, aqui propostos.
v)     A secretaria de educação deverá monitorar a implementação das estratégias, de forma a criar oportunidades de aprendizagem rápida e de melhoria contínua, observando o planejamento das escolas de forma a priorizar objetos de conhecimento essenciais para a consolidação da aprendizagem de cada ano de estudo.
w)   A SEMED deverá também, criar um centro de mídias, para os professores de o Ensino Fundamental produzir aulas para as redes sociais e para a Educação Infantil, além das atividades impressas produzirem pequenos vídeos com orientações voltadas aos responsáveis pelas crianças, para que eles promovam atividades pedagógicas orientadas e brincadeiras intencionais.
x)    A Diretoria de Ensino deverá enfrentar este desafio adaptativo, levando em consideração que todos precisarão se aperfeiçoar, sair da zona de conforto, a fim de realizar o trabalho de educar os alunos. Sendo necessário também estruturar o trabalho em dois momentos diferentes. O primeiro, o mais imediato, focado na conclusão do ano letivo em curso. O segundo, voltado para o ano letivo seguinte, caso não tenha sido desenvolvida uma vacina antes de seu início e medidas de distância social continuem sendo necessárias.
y)    A Secretaria de Educação deverá solicitar das escolas relatórios de como estão organizando o trabalho pedagógico, para assim, identificar como poderá auxiliá-las.
z)    Cada escola deve ter um plano para garantir a continuidade das operações durante a Pandemia. O papel dos professores é essencial para o sucesso da aprendizagem, mais ainda do que o ambiente físico das escolas ou a infraestrutura tecnológica.

            Além das providencias acima citadas, se faz necessário, observar alguns aspectos que precisam ser levados em consideração para o sistema educacional do município no médio e longo prazo, entre eles podemos mencionar: 
(1) articulação intersetorial como esforço permanente;
(2) recuperação da aprendizagem como política contínua;
(3) fortalecimento da relação família-escola; e
(4) a tecnologia como aliada constante.

                                     ORIENTAÇÕES PARA PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ORIENTE OS FAMILIARES: faça vídeo ou áudio explicando a importância de seguir com todas as atividades previstas, tanto legalmente quanto pedagogicamente. Essas conversas devem ser periódicas, de acordo com a necessidade de cada turma. Comunique-se e ouça a família ativamente. O ideal é que esse papo aconteça diariamente, para orientações das atividades daquele período. Procure envolver os familiares.
ADEQUE OS SEUS PLANOS DE AULA: o ambiente de estudo e a dinâmica com a qual os alunos estudam de casa não são os mesmos dos encontrados na escola. Assim, aplicar o que foi pensado no início do ano letivo pode não ser eficiente nesse novo cenário. Portanto, é preciso adequar os planos de aulas para esse contexto que vivenciamos.
PRODUZA VÍDEO AULAS DINÂMICAS E INTERATIVAS: com o planejamento devidamente adequado para o ensino remoto, é hora de preparar os conteúdos, as atividades complementares e o vídeo aulas. Todo esse material deve ser dinâmico e muito interativo, pois podendo e devendo explorar recursos virtuais de grande valia para o aprendizado e que são pouco adotados na escola. Mantenha a frequência de atividades.
ATIVIDADES AVALIATIVAS PARA O PLANO DE AULAS REMOTAS: Para o desenvolvimento do plano de aulas remotas, o professor deve fazer uma boa explicação do conteúdo por meio de áudios ou vídeos e em seguida solicitar aos alunos a realização das atividades contidas na apostila e por outros meios como:  histórias e músicas infantis, vídeos gravados pelos familiares em seguida solicitar a devolutiva das atividades pelo WhatsApp.

ORIENTAÇÃO PARA  OS ANOS INICIAIS

       Considerando o contexto atual da pandemia foi aprovado o Parecer 11/2020 que traz orientações e diretrizes pedagógicas às escolas e redes de ensino para o retorno ao ensino presencial.
       De acordo com o postulado na Resolução, prevê-se que as atividades desenvolvidas para os alunos devem garantir prioritariamente as habilidades que sejam essenciais aos alunos para aprender neste cenário atual, sejam da Educação Infantil ou mesmo do Ensino Fundamental I e II.
            Neste caso, a resolução coloca que deve ser dada  prioridade à avaliação da leitura, escrita, raciocínio lógico-matemático, comunicação e solução de problemas. Deste modo, observar as habilidades que mesmo em outros componentes curriculares o aluno possa desenvolvê-lo mediante as atividades aplicadas durante o ensino remoto.   

ATIVIDADES
            Priorizar conteúdos/objeto do conhecimento que atendam as habilidades colocadas no planejamento e que possa ser desenvolvida pelo aluno por meio ensino remoto.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
             Quanto ao encaminhamento metodológico para o ensino remoto do Fundamental, a sugestão é que primeiro o aluno realize a internalização dos conceitos essenciais antes da aula e depois com a ajuda da orientação do professor discutam os conhecimentos adquiridos e tirem possíveis dúvidas. Considerando que o contato inicial com o conteúdo, seja realizados por textos digitalizados, vídeos, podcasts, pesquisas, fóruns etc. Exemplo: aulas gravadas organizadas pela escola ou rede de ensino de acordo o planejamento de aulas e conteúdos ou via plataformas digitais de organização.
           
FORMAS DE INTERAÇÃO COM ALUNOS E FAMILIA
ü  Gravação de vídeos curtos com as orientações aos responsáveis e alunos. Independentemente do canal , escutar ativamente a família;
ü  Linhas de transmissão com familiares;
ü  Planejar atividades com apoio dos familiares (verificar disponibilidade);

FORMAS DE REGISTRO
ü  Registro de atividade realizada pelo aluno e compartilhado com o professor  pode ser por fotos, comentários no chat, vídeos, áudios, textos, ferramentas do Google ( sala de aula, Forms, Docs, Meet);
ü  Relatórios;
ü  Portfólios;
ü  Análise de Hipóteses de escrita;
ü  Análise da fluência de leitura;
ü  Leitura e resolução de problemas e;
ü  Desenvoltura do aluno no raciocínio lógico matemático.

COMO AVALIAR A APRENDIZAGEM DURANTE O ENSINO REMOTO?
           
Preparar materiais, gravar videoaulas, organizar trilhas de aprendizagem e fazer conferências com os alunos. Essa tem sido a rotina de muitos professores durante a quarentena. No entanto, além de dar conta desse processo, outro questionamento tem ocupado espaço na cabeça dos educadores: como fazer a avaliação no ambiente virtual e o que realmente deve ser verificado nesse período?
Antes de responder essas perguntas, é importante considerar qual deve ser o papel da avaliação em um contexto de pandemia e fechamento das escolas para conter a disseminação do coronavírus (COVID-19). Na visão do gerente de avaliações da Plataforma de Ensino Eleva, Daniel Jacuá, que também tem experiência em sala de aula como professor de história, ela precisa estar muito alinhada com o currículo e com os objetivos de aprendizagem que os educadores esperam atingir neste período.
            “A avaliação é a ferramenta que garante o sucesso da aprendizagem, mas esse processo tem que estar muito bem organizado”, destaca Daniel, ao mencionar que durante a quarentena as escolas e os educadores precisam fazer um exercício de olhar para o seu currículo com muita atenção. A partir dessa análise, é possível identificar quais são os conteúdos mais importantes de cada série, mas com a consciência do que é possível ser trabalhado no momento. Os alunos estão em uma cultura diferente. Não dá para manter o mesmo método ou replicar o que acontece na sala de aula em um formato a distância”, pontua.
            Para fazer uma boa avaliação, além de ter um bom currículo, ele afirma que é fundamental apresentar as expectativas de aprendizagem de forma clara para os alunos. “A cada aula precisamos explicar o que vamos fazer e o que esperamos deles”, exemplifica o gerente de avaliações da Plataforma de Ensino Eleva. Além disso, também é preciso considerar os seus diferentes tipos de avaliação.
            Julia Pinheiro Andrade, professora no Instituto Singularidade e pesquisadora do Centro de Referências em Educação Integral, destaca que hoje as escolas trabalham basicamente com dois modelos: as somativas, que focam em resultados e apresentam um retrato da aprendizagem, e as formativas, que funcionam como uma espécie de filme e registram todo o processo de aprendizagem.
            “O importante neste momento da pandemia, em que não se pode muito entender os conteúdos como realmente ensinados e explorados nas suas múltiplas possibilidades, é entender que o sentido da avaliação é dar visibilidade para a aprendizagem. Do ponto de vista do professor, ele tem que coletar evidências de que os alunos estão se engajando com o que ele está propondo”, explica a professora e pesquisadora.
            A partir da coleta de evidências, os professores podem ter insumos para readaptar as suas ações. “O foco tem que ser visibilizar o processo dos alunos para melhorar o próprio processo de aprendizagem, não para rotular ou nivelar”, aponta Julia, ao também considerar as desigualdades que são enfrentadas pelos estudantes neste período. “O professor precisa ter uma coleção de evidências do que está acontecendo para subsidiar a sua tomada de decisão.”
            Com base nas conversas com professores e especialistas, o Porvir reuniu algumas dicas sobre como fazer a avaliação durante as aulas remotas. Confira:

Construa rubricas de aprendizagem

A rubrica é uma ferramenta muito útil para acompanhar o desenvolvimento de habilidades. Tipicamente organizada em uma tabela, ela reúne critérios de avaliação conforme os objetivos de aprendizagem esperados para uma determinada atividade. “Fazemos uma graduação do que o aluno consegue fazer, aquilo que ele está desenvolvendo e o que ele ainda não aprendeu”, explica Daniel Jacuá.

Elabore pequenos questionários

Uma das facilidades que o ambiente digital pode trazer para a verificação da aprendizagem é a elaboração de formulários ou quizzes. Eles podem ser utilizados como um meio de verificação a cada atividade desenvolvida pelos alunos, o que permite acompanhar a evolução do aprendizado.

Monte portfólios com a turma

Os portfólios também são ótimas estratégias para reunir a produção dos alunos e acompanhar o desenvolvimento deles durante um período letivo. “Seria interessante trabalhar com fotos, vídeos, trechos de aulas e diferentes tipos de recursos que ajudem o professor a entender onde é possível melhorar o processo de engajamento com a aprendizagem”, diz Julia Pinheiro Andrade.

Divida as entregas em etapas menores

Outra dica para fazer avaliações no ambiente virtual é diminuir as entregas em pequenas etapas. Além de ajudar os alunos a administrarem melhor o tempo, isso também podem reduzir a ansiedade da turma durante a produção de um trabalho mais complexo. “Essa divisão de eventos é bem legal porque tira o peso do aluno”, menciona Daniel Jacuá.

Peça para os alunos fazerem autoavaliações

Ouvir o aluno também é fundamental para construir uma avaliação mais completa, principalmente no período de distanciamento social. “A autoavaliação é uma das ferramentas mais poderosas da avaliação formativa. Ela permite o estudante mapear o que ele sabe, o que ele não sabe e o que ele tem vontade de saber. Ela é muito importante, mas também exige que o professor construa um processo de aprendizagem com sentido”, ressalta Julia Pinheiro Andrade.


Como avaliar a aprendizagem durante o ensino remoto? Uso de recursos de tecnologia para aproximar a turma, aplicação de técnicas de avaliação das atividades realizadas em casa e priorização da avaliação qualitativa são essenciais para entender o processo de evolução dos alunos,

Por Bianka de Andrade Silva, Gerente de Avaliação e Produtos Digitais do SAE Digital
            Em tempos de restrição à circulação de pessoas e da busca por medidas para manter a educação em funcionamento, pensar nos processos de avaliação da aprendizagem no ensino remoto é tão importante quanto as demais etapas de preparação e execução das aulas. Tudo começa com uma boa adequação do plano de aula, seguida pela preparação de videoaulas e, por fim, a seleção de materiais e conteúdos qualificados para servir de base de estudo. Mas todo esse trabalho pode não alcançar o efeito desejado se o aprendizado do estudante não estiver sendo acompanhado e avaliado da maneira correta. 
            Em meio a esse panorama inesperado e inédito para a maioria dos profissionais da Educação Básica, é normal surgirem muitas dúvidas. Mas, mesmo que as condições atuais imponham o isolamento social e o ensino a distância, o processo avaliativo, assim como o todo das práticas pedagógicas, precisa continuar sendo realizado. Os segredos são usufruir da experiência que nós, professores, sempre tivemos em gerenciar as tarefas de casa dos nossos alunos, aprender com o que esse cenário temporário nos impõe e usar a tecnologia para promover uma aproximação virtual com os estudantes.
Para fazer isso de forma organizada e eficiente, no entanto, é preciso considerar alguns pontos de reflexão e orientação que podem guiar os educadores e gestores escolares na repentina missão de aplicar avaliações on-line.

                                           Veja algumas dicas para avaliar a aprendizagem dos alunos:

1,Avalie todo o ciclo de aprendizagem

            Antes de mais nada, é fundamental entender que a avaliação é um processo amplo e possui especificidades e delicadezas. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a verificação do rendimento escolar deve se basear na avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno. Esse documento também preconiza a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Dessa forma, atribuir nota aos alunos é a atitude resultante de um processo que abrange todo o ciclo de aprendizagem, ou seja, em sentido amplo, a avaliação é um processo transversal às práticas educacionais.

2.Use instrumentos variados de avaliação no ensino remoto

            Para que o acompanhamento do aprendizado e as avaliações sejam coerentes e adequadas, principalmente quando falamos de educação remota, é imprescindível que esse processo seja vivenciado por professores e alunos no dia a dia escolar.
            A dica para os educadores é variar o máximo possível os instrumentos para avaliar a aprendizagem dos seus alunos no ensino a distância. O ideal é que ao longo do período planejado, que pode ser bimestral, trimestral ou semestral, sejam realizadas provas objetivas, discursivas e orais, bem como provas com consulta e sem consulta, além de seminários, observações a participações e autoavaliações, dependendo da maturidade e faixa etária da turma. Tendo isso em mente, é possível concluir que a avaliação é também um processo formativo, ou seja, deve existir de forma integrada à prática pedagógica, no intuito de contribuir e retroalimentar o desenvolvimento das competências dos alunos. É a partir dela que se mapeiam conhecimentos e habilidades consolidados e a consolidar, e se revisa e redireciona o ensino.

3.Priorize a avaliação qualitativa

            Ao invés de atribuir notas baseadas em índices de acertos e erros, é possível avaliar as entregas das tarefas da mesma forma que as atividades de casa são avaliadas. Se possível, fazer uma videoconferência após a realização de tarefas para que os estudantes compartilhem o que estudaram e para que o professor possa usar como instrumento avaliativo. É válido destacar que não devemos nos ater a um processo avaliativo pautado apenas na atribuição de notas de 0 a 10.
            O contexto de ensino-aprendizagem é cheio de especificidades, que precisam ser observadas constantemente, especialmente no modelo de avaliação no ensino a distância.

 

4.Organizar a avaliação diagnóstica


            Dentro da sala de aula, os alunos não possuem o mesmo desempenho de aprendizado, uns levam mais tempo para assimilar determinados conteúdos do que outros. Obviamente, isso também acontece no ensino não presencial, podendo ser ainda maior essas variações, por se tratar de um cenário completamente novo para todos e os estudantes terem diferentes oportunidades e níveis de acesso às aulas e aos materiais – alguns contando com o suporte dos pais, outros, não.
Portanto, é essencial que seja organizada uma avaliação diagnóstica a partir dos conteúdos previstos e ministrados durante o período de paralisação por meio de atividades remotas, que deverá ser aplicada no retorno das aulas. A ideia com isso é avaliar a efetividade do ensino remoto individualmente e identificar a defasagem de cada estudante durante o afastamento das salas de aula.

                                                               Fonte: https://sae.digital/avaliacao-no-ensino-a-distancia/

Referencias:
https://www.Desktop/orientação%20para%20contenção%20de%20prejuuizos %20causados%20pela%20suspenção%20de%20aulas%20presenciais.
NOTA TÉCNICA EM CONJUNTA DO GOVERNO DO ESTADO DO PARA E CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARÁ de nº 1 de 2020.
PARECER DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 5 DE abril de 2020.
PARECER DOCONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 11 DE julho de 2020.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 286 de 18 de Junho de 2020.
  



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