DIRETORIA
DE ENSINO/ DEPARTAMENTO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/PMALFA – 2020
RE- PLANEJAMENTO DE AULAS
REMOTAS PARA ENCERRAMENTO DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2020
Apresentação
Desde o início de março do ano em
curso, a Secretaria Municipal de Educação de Rio Maria vem procurando
desenvolver um conjunto de ações para prevenir a disseminação do corona vírus.
A partir do dia 16 de março, elaboramos o PROJETO de Intervenções Pedagógicas
com o intuito de tomar medidas mais intensas para evitar a proliferação do
corona vírus e também oferecer atendimento no formato de aulas remotas. Inicialmente, a suspensão das aulas
presenciais até 15 maio de 2020, e a partir de então, a antecipação das férias
recessos escolares e férias docentes, com duração 45 dias.
Com a extensão das medidas de
distanciamento social devido à evolução da pandemia, as retomadas das
atividades escolares passaram a ser feita de forma não presencial, a fim de que
fosse possível a continuidade da aprendizagem dos estudantes. As atividades
presenciais são primordiais para a aprendizagem dos estudantes. Tanto para seu
desenvolvimento socioemocional, por meio das relações, professores e outros
profissionais das escolas que são importantes para que os estudantes aprendam a
conviver com pessoas diferentes, quanto para o desenvolvimento cognitivo,
aprendendo com o apoio mais próximo dos professores.
Reconhecendo essas limitações, a
Secretaria de Educação por meio da Diretoria de Ensino, buscou desenvolver uma
série de estratégias para apoiar as escolas e para que pudéssemos, em conjunto,
dadas as restrições necessárias para evitar a transmissão da COVID-19, fazer o
que é possível para garantir aos estudantes aprendizagem de fato e a
continuidade nos estudos. Nesse sentido, o objetivo do projeto documento foi
apoiar esse processo de troca de conhecimentos.
Justificativa
Em
tempo de corona vírus e isolamento social, milhões de crianças e jovens deixaram
suas escolas e estão dentro de suas casas, tendo de lidar com uma rotina nunca
vivenciada. Como famílias e educadores podem encarar esse novo paradigma que
nos tirou da zona de conforto? Como praticar uma mudança de mentalidade, sem
estresse e desconforto? Entender mais sobre as competências socioemocionais e
como é possível para qualquer pessoa as desenvolver é o caminho para seguirmos
fortalecidos nesse momento. O mundo está vivendo um de seus momentos mais
difíceis ao ter que lidar com a pandemia do corona vírus, que se espalhou em
velocidade rápida por todos os países.
O que temos visto é um sentimento
de pertencimento a uma única humanidade e, se as fronteiras nacionais estão
fechadas, é apenas por um protocolo de proteção à saúde das pessoas. Afinal,
moramos todos em um mesmo planeta azulado. Estamos lutando contra o tempo,
aprendendo juntos a combater a disseminação do vírus e, mais do que nunca,
nossas competências socioemocionais estão sendo colocadas à prova nesse
contexto de crise. Para lidar com insegurança, ansiedade, medo, isolamento,
mudança de rotinas e indefinições é preciso ter empatia, resiliência, foco,
responsabilidade, cuidado consigo e com o outro, entre outras competências. A
necessidade de suspensão das aulas e de outras atividades nas escolas causou
uma mudança drástica e repentina na rotina dos estudantes e de suas famílias.
Assim como milhares de professores, gestores escolares e equipes das
secretarias de educação precisaram se adaptar para garantir que a relação
ensino e aprendizagem continuassem a acontecer no modelo de educação remota ou
por outras formas. Com a chegada da pandemia e o fechamento das escolas,
professores foram forçados a se dedicar ao ensino remoto, se adaptando de
acordo com suas possibilidades. Foram e estão sendo verdadeiros
heróis, ao lidarem
com uma tecnologia nem sempre muito familiar a eles e com as dificuldades de
acesso relativas a cada região do país. E como muita gente, tiveram que se dividirem
entre o trabalho remoto, os cuidados com a casa e familiares, e ainda lidar com
suas próprias emoções. No retorno às aulas presenciais, após a reabertura das
escolas, eles terão que enfrentar um “novo normal”, com alternâncias de
atendimento, modelos híbridos de ensino e as regras sanitárias a serem
seguidas. Apesar do contexto de crise atual, acreditamos
que a educação não pode ser deixada de lado. Por isso, selecionamos habilidades
que podem ser desenvolvidas em casa e envolvem o estudante e sua família,
criando oportunidades de interação e desenvolvimento das crianças.
As atividades cunhadas nas habilidades essenciais podem ajudar na
compreensão dos estudantes sobre o cenário atual, proporcionando a eles
ferramentas e exercícios para lidarem melhor com o distanciamento social e
mudanças de rotina. Abordando a relação da criança com os próprios sentimentos,
e exercitando o autoconhecimento e a empatia, as atividades contemplam
competências como criatividade, interesse artístico, assertividade e tolerância
à frustração e ao estresse. Para trabalhar o foco, a organização, a
responsabilidade e a persistência, sugerimos que as crianças estabeleçam uma
rotina para a realização das atividades, como é sugerida no Parecer do Conselho Nacional de
Educação de nº 5 de 28 de abril de 2020
e o Parecer 11 de julho de 2020, que o mais
importante é o trabalho de intervenção educativa e interação social para o
desenvolvimento educativo cognitivo e socioemocional. Ainda sobre o parecer 05/2020 as redes de ensino e escolas devem orientar as famílias com
roteiros práticos e estruturados para acompanhar a resolução de atividades
pelas crianças. No entanto, as soluções propostas pelas redes não devem
pressupor que os “mediadores familiares” substituam a atividade profissional do
professor. As atividades não presenciais propostas devem delimitar o papel dos
adultos que convivem com os alunos em casa e orientá-los a organizar uma rotina
diária.
As
atividades pedagógicas remotas devem seguir as competências e habilidades
previstas na BNCC e tendo como referência o Currículo Estadual de forma
simplificada nos eixos: leitura,
escrita, raciocínio lógico matemático, comunicação e solução de problemas.
Assim como, desenvolver as habilidades socioemocionais em consonância com as
habilidades previstas na BNCC e Documentos Curriculares Estaduais.
ALGUMAS
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE AS 5 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAL PARA O SEU
PLANEJAMENTO
Desenvolver
intencionalmente as competências socioemocionais não se refere a “dar uma aula sobre a competência”. Apesar
de ser importante conhecer e apresentar aos estudantes quais são as
competências trabalhadas e discutir com eles como elas estão presentes no dia a
dia, o desenvolvimento de competências socioemocionais acontece de modo
experiencial e reflexivo. Portanto, ao preparar a estratégia das aulas, é
importante considerar como oferecer mais oportunidades para que os estudantes
mobilizem a competência em foco e aprendam sobre eles mesmos ao longo do
processo. Abaixo você pode conhecer alguns aspectos importantes para o
exercício de cada uma das competências estratégicas para a retomada das aulas
presenciais:
TOLERÂNCIA AO ESTRESSE
- Esta competência diz respeito a como os
estudantes lidam com as suas emoções negativas, que estão presentes no dia a
dia. O seu desenvolvimento pode ser potencializado quando os estudantes são
convidados a refletir sobre como reagem em situações difíceis, que geram medo e
preocupação. No momento de apresentação da competência é possível promover
rodas de conversas com objetivo de compartilhar histórias positivas sobre
pessoas que passaram por momentos difíceis, incluindo os advindos da pandemia. No
decorrer das atividades planejadas, promova outras rodas de conversa nas quais
os estudantes possam refletir sobre as estratégias pessoais que utilizam para
se acalmar ou para construir modos de lidar com essas emoções, bem como
identificar quais são as pessoas que fazem parte de suas redes de apoio.
EMPATIA - Esta competência diz respeito à construção de relacionamentos de
respeito na qual uma pessoa se conecta com os sentimentos e as necessidades dos
outros. Para apresentar e problematizar o conceito dessa competência, além dos
conhecimentos prévios e experiências da turma, vale apresentar um vídeo ou
fotografia que represente a expressão desta competência (há várias opções no
Youtube, se esta for uma possibilidade) para que o entendimento sobre empatia
possa ser ampliado. Durante as aulas programadas, proponha atividades que
demandem interação entre os estudantes ou destes com pessoas da comunidade,
instigue a reflexão sobre semelhanças e diferenças entre os indivíduos e quais
implicações estas podem ter para a construção das suas necessidades e de seus
sentimentos. Atividades em grupo e que preveem o diálogo, como um debate para a
solução de um desafio coletivo ou de um dos grupos favorecem o seu
desenvolvimento.
RESPONSABILIDADE - Esta competência diz respeito a como gerenciamos os nossos compromissos.
No início das aulas planejadas, é importante instaurar a roda de conversa para
ouvir o que os estudantes pensam sobre essa competência e como a exercitam no
dia a dia, sem cair em julgamentos. Durante o desenvolvimento do trabalho com
os estudantes, envolva-os na criação de regras e combinados para a realização
de uma atividade, assim como para a interação em um exercício, pesquisa na
escola ou na comunidade, entre outros. Nesta oportunidade, retome a importância
de cumprir com os compromissos e convide os estudantes a refletirem sobre os
efeitos do seu não cumprimento para sua aprendizagem, relações de confiança e a
vida em geral.
IMAGINAÇÃO CRIATIVA - Esta
competência diz respeito ao olhar que dedicamos ao mundo e aos desafios
encontrados. Um modo de mobilizar a discussão sobre a competência imaginação
criativa pode ser a proposição de uma situação-problema mais complexa para que
trios ou quartetos de estudantes possam elaborar suas estratégias de resolução.
A partir desse aquecimento, realize uma roda de conversa para que os estudantes
possam trazer seus pontos de vistas e vivências. Para a continuação das
atividades também é importante considerar o estímulo à pesquisa de diferentes
perspectivas de uma ideia e de como colocá-la em prática. Com o tempo, os
desafios podem envolver superar a forma com que sempre fizeram algo ou realizar
novas conexões entre informações para propor soluções.
ORGANIZAÇÃO - O que é? Está relacionada
ao gerenciamento do nosso tempo e das nossas atividades, seja no curto ou no
longo prazo. Envolve ser pontual, organizar pertences pessoais e os da escola,
bem como o planejamento de nossos horários, atividades e objetivos futuros. Por
que essa competência é importante nesse momento? O contexto do retorno às aulas
exige alta capacidade de organização para o cumprimento das tarefas e do tempo.
Assim como a responsabilidade, a organização é uma competência socioemocional
que diz respeito à capacidade de autogestão do estudante e contribui
imensamente para a aprendizagem.
CONFIRA ALGUNS PONTOS A
SEREM CUIDADOS NAS DEVOLUTIVAS:
• Cultive uma relação de confiança, abertura, reciprocidade e
compromisso com os estudantes. Uma boa
relação se traduz em gestos de interesse, conhecimento e valorização dos
saberes e pontos de vista, bem como no reconhecimento da singularidade de cada
estudante. Nas conversas de feedback não cabe julgamentos ou desrespeito.
• Acredite no potencial de cada estudante. Nas conversas de feedback é
fundamental acreditar e explicitar que você acredita no potencial de cada
estudante. Valorize o processo e o esforço, não apenas o “resultado” em si.
• As palavras e as perguntas são poderosas! Use palavras que: comuniquem
respeito ao estudante e ao seu processo de aprendizagem; posicionem o estudante
como agente ativo e protagonista; provoquem pensamento e reflexão. Proponha
questões instigantes, que explorem por que e como. Evite perguntas com base em
aprovação ou desaprovação (por exemplo: “Você se comportou bem?”). A
importância do diálogo (feedback) para o desenvolvimento das competências
socioemocionais,
MONITORAMENTO
DAS AÇÕES PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS NEGATIVOS À EDUCAÇÃO CAUSADOS PELA
SUSPENSÃO DAS AULAS PRESENCIAIS EM FUNÇÃO DA PANDEMIA.
Providencias
a seguir:
a)
Proteger a saúde dos alunos e dos profissionais, garantir o aprendizado
acadêmico e dar apoio emocional aos alunos e ao corpo docente.
b)
Estabelecer mecanismos de
coordenação com as autoridades de saúde pública para que as ações de educação
estejam em sintonia e ajudem a avançar os objetivos e estratégias de saúde
pública, por exemplo: educando alunos, pais, professores e funcionários sobre a
necessidade de distanciamento social.
c)
Repriorizar objetivos curriculares, dada a necessidade de selecionar as
habilidades mais pertinentes para cada ano de estudo;
d)
Definir o que deve ser aprendido durante o período de distanciamento
social.
e)
Identificar a viabilidade de
buscar opções para recuperar o tempo de aprendizado depois que o período de
distanciamento social.
f)
Identificar os meios de ensino.
Quando viável, estes devem incluir a aprendizagem online, pois ela proporciona
a maior versatilidade e oportunidade de interação. Se nem todos os alunos
possuem dispositivos e conectividade, busque formas de fornecê-los a esses
alunos.
g)
Definir claramente os papéis e expectativas dos professores para
orientar e apoiar eficazmente a aprendizagem dos alunos na nova situação,
através de instrução direta sempre que possível ou orientação para a
aprendizagem autodirigida.
h)
Promover a comunicação entre
professores, alunos e pais sobre objetivos curriculares, estratégias e
sugestões de atividades e recursos adicionais.
i)
Se uma estratégia de educação
online não for viável, desenvolver meios alternativos de ensino como a entrega
de material impresso.
j)
Assegurar apoio adequado aos estudantes e famílias mais vulneráveis
durante a implementação do plano de educação alternativa.
k)
Criar um mecanismo de formação continuada emergencial para que
professores e pais possam apoiar os alunos na nova modalidade de ensino.
l)
Definir mecanismos apropriados de avaliação dos alunos durante a emergência.
m) Definir mecanismos
adequados de aprovação e conclusão.
n)
Observar e buscar todo marco
regulatório de forma a viabilizar a educação online e outras modalidades, e de
forma a apoiar a autonomia e colaboração dos professores. Isso inclui a
validação de dia letivo para dias lecionados em planos alternativos de
educação.
o)
Cada escola deve desenvolver um
plano de continuidade de operações.
p)
As escolas devem desenvolver um
sistema de comunicação com cada aluno, e uma forma de checagem diária com cada
aluno.
q)
As escolas devem desenvolver mecanismos de checagem diária com
professores e funcionários da escola.
r)
As escolas devem fornecer orientação aos alunos e famílias sobre o uso
seguro do tempo das atividades e ferramentas online para preservar o bem-estar
e a saúde mental dos alunos, bem como oferecer proteção contra ameaças online a
menores.
s)
Identificar outras redes ou
sistemas escolares e criar formas de comunicação regular com eles para
compartilhar informações sobre suas necessidades e abordagens para resolvê-las,
e aprender com eles como forma de promover uma rápida melhoria na oferta de
educação nas novas modalidades.
t)
Desenvolver um plano de comunicação. Mapear os principais constituintes
e mensagens chave para apoiar a execução da estratégia de educação durante a
emergência.
u)
Os gestores educacionais devem adotar uma abordagem proativa para
contribuir para a mitigação do impacto da Pandemia e para prevenir a perda de
aprendizagem durante o período de distanciamento social necessário, devendo
também contribuir para a execução dos objetivos, aqui propostos.
v)
A secretaria de educação deverá
monitorar a implementação das estratégias, de forma a criar oportunidades de
aprendizagem rápida e de melhoria contínua, observando o planejamento das
escolas de forma a priorizar objetos de conhecimento essenciais para a
consolidação da aprendizagem de cada ano de estudo.
w)
A
SEMED deverá também, criar um centro de mídias, para os professores de o Ensino
Fundamental produzir aulas para as redes sociais e para a Educação Infantil,
além das atividades impressas produzirem pequenos vídeos com orientações
voltadas aos responsáveis pelas crianças, para que eles promovam atividades
pedagógicas orientadas e brincadeiras intencionais.
x)
A Diretoria de Ensino deverá enfrentar este desafio adaptativo, levando
em consideração que todos precisarão se aperfeiçoar, sair da zona de conforto,
a fim de realizar o trabalho de educar os alunos. Sendo necessário também
estruturar o trabalho em dois momentos diferentes. O primeiro, o mais imediato,
focado na conclusão do ano letivo em curso. O segundo, voltado para o ano
letivo seguinte, caso não tenha sido desenvolvida uma vacina antes de seu
início e medidas de distância social continuem sendo necessárias.
y)
A
Secretaria de Educação deverá solicitar das escolas relatórios de como estão
organizando o trabalho pedagógico, para assim, identificar como poderá
auxiliá-las.
z)
Cada escola deve ter um plano para garantir a continuidade das operações
durante a Pandemia. O papel dos professores é essencial para o sucesso da
aprendizagem, mais ainda do que o ambiente físico das escolas ou a
infraestrutura tecnológica.
Além das providencias acima citadas,
se faz necessário, observar alguns aspectos que precisam ser levados em
consideração para o sistema educacional do município no médio e longo prazo,
entre eles podemos mencionar:
(1) articulação intersetorial como esforço
permanente;
(2) recuperação da aprendizagem como política
contínua;
(3) fortalecimento da relação família-escola; e
(4) a tecnologia como aliada constante.
ORIENTAÇÕES
PARA PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTE OS FAMILIARES: faça vídeo ou áudio
explicando a importância de seguir com todas as atividades previstas, tanto
legalmente quanto pedagogicamente. Essas conversas devem ser periódicas, de
acordo com a necessidade de cada turma. Comunique-se e ouça a família
ativamente. O ideal é que esse papo aconteça diariamente, para orientações das
atividades daquele período. Procure envolver os familiares.
ADEQUE OS SEUS PLANOS DE
AULA: o
ambiente de estudo e a dinâmica com a qual os alunos estudam de casa não são os
mesmos dos encontrados na escola. Assim, aplicar o que foi pensado no início do
ano letivo pode não ser eficiente nesse novo cenário. Portanto, é preciso
adequar os planos de aulas para esse contexto que vivenciamos.
PRODUZA VÍDEO AULAS
DINÂMICAS E INTERATIVAS: com o planejamento devidamente adequado para o ensino remoto, é hora
de preparar os conteúdos, as atividades complementares e o vídeo aulas. Todo
esse material deve ser dinâmico e muito interativo, pois podendo e devendo
explorar recursos virtuais de grande valia para o aprendizado e que são pouco
adotados na escola. Mantenha a frequência de atividades.
ATIVIDADES AVALIATIVAS PARA
O PLANO DE AULAS REMOTAS: Para o desenvolvimento do plano de aulas remotas, o professor deve
fazer uma boa explicação do conteúdo por meio de áudios ou vídeos e em seguida
solicitar aos alunos a realização das atividades contidas na apostila e por
outros meios como: histórias e músicas
infantis, vídeos gravados pelos familiares em seguida solicitar a devolutiva
das atividades pelo WhatsApp.
ORIENTAÇÃO PARA OS ANOS INICIAIS
Considerando o contexto atual da pandemia
foi aprovado o Parecer 11/2020 que traz orientações e diretrizes pedagógicas às
escolas e redes de ensino para o retorno ao ensino presencial.
De
acordo com o postulado na Resolução, prevê-se que as atividades desenvolvidas para os alunos
devem garantir prioritariamente as habilidades que sejam essenciais aos alunos
para aprender neste cenário atual, sejam da Educação Infantil ou mesmo do
Ensino Fundamental I e II.
Neste
caso, a resolução coloca que deve ser dada
prioridade
à avaliação da leitura, escrita,
raciocínio lógico-matemático, comunicação e solução de problemas. Deste
modo, observar as habilidades que mesmo em outros componentes curriculares o
aluno possa desenvolvê-lo mediante as atividades aplicadas durante o ensino
remoto.
ATIVIDADES
Priorizar
conteúdos/objeto do conhecimento que atendam as habilidades colocadas no
planejamento e que possa ser desenvolvida pelo aluno por meio ensino remoto.
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
Quanto ao encaminhamento metodológico para o
ensino remoto do Fundamental, a sugestão é que primeiro
o aluno realize a internalização dos conceitos essenciais antes da aula e
depois com a ajuda da orientação do professor discutam os conhecimentos
adquiridos e tirem possíveis dúvidas. Considerando que o contato inicial com o
conteúdo, seja realizados por textos digitalizados, vídeos, podcasts, pesquisas,
fóruns etc. Exemplo: aulas gravadas organizadas pela escola ou rede de ensino de acordo o
planejamento de aulas e conteúdos ou via plataformas digitais de organização.
FORMAS DE
INTERAÇÃO COM ALUNOS E FAMILIA
ü Gravação de vídeos
curtos com as orientações aos responsáveis e alunos. Independentemente do canal
, escutar ativamente a família;
ü Linhas de
transmissão com familiares;
ü Planejar
atividades com apoio dos familiares (verificar disponibilidade);
FORMAS DE
REGISTRO
ü Registro de atividade
realizada pelo aluno e compartilhado com o professor pode ser por fotos, comentários no chat, vídeos,
áudios, textos, ferramentas do Google ( sala de aula, Forms, Docs, Meet);
ü Relatórios;
ü Portfólios;
ü Análise de Hipóteses de
escrita;
ü Análise da fluência de
leitura;
ü Leitura e resolução de
problemas e;
ü Desenvoltura do aluno no
raciocínio lógico matemático.
COMO
AVALIAR A APRENDIZAGEM DURANTE O ENSINO REMOTO?
Preparar materiais, gravar videoaulas, organizar
trilhas de aprendizagem e fazer conferências com os alunos. Essa tem sido a
rotina de muitos professores durante a quarentena. No entanto, além de dar
conta desse processo, outro questionamento tem ocupado espaço na cabeça dos
educadores: como fazer a avaliação no ambiente virtual e o que realmente deve
ser verificado nesse período?
Antes de responder essas perguntas, é importante
considerar qual deve ser o papel da avaliação em um contexto de pandemia e
fechamento das escolas para conter a disseminação do coronavírus (COVID-19). Na
visão do gerente de avaliações da Plataforma de Ensino Eleva, Daniel Jacuá, que
também tem experiência em sala de aula como professor de história, ela precisa
estar muito alinhada com o currículo e com os objetivos de aprendizagem que os
educadores esperam atingir neste período.
“A
avaliação é a ferramenta que garante o sucesso da aprendizagem, mas esse
processo tem que estar muito bem organizado”, destaca Daniel, ao mencionar que
durante a quarentena as escolas e os educadores precisam fazer um exercício de
olhar para o seu currículo com muita atenção. A partir dessa análise, é
possível identificar quais são os conteúdos mais importantes de cada série, mas
com a consciência do que é possível ser trabalhado no momento. Os alunos estão
em uma cultura diferente. Não dá para manter o mesmo método ou replicar o que
acontece na sala de aula em um formato a distância”, pontua.
Para
fazer uma boa avaliação, além de ter um bom currículo, ele afirma que é
fundamental apresentar as expectativas de aprendizagem de forma clara para os
alunos. “A cada aula precisamos explicar o que vamos fazer e o que esperamos
deles”, exemplifica o gerente de avaliações da Plataforma de Ensino Eleva. Além
disso, também é preciso considerar os seus diferentes tipos de avaliação.
Julia
Pinheiro Andrade, professora no Instituto Singularidade e pesquisadora do
Centro de Referências em Educação Integral, destaca que hoje as escolas
trabalham basicamente com dois modelos: as somativas, que focam em resultados e
apresentam um retrato da aprendizagem, e as formativas, que funcionam como uma
espécie de filme e registram todo o processo de aprendizagem.
“O
importante neste momento da pandemia, em que não se pode muito entender os
conteúdos como realmente ensinados e explorados nas suas múltiplas
possibilidades, é entender que o sentido da avaliação é dar visibilidade para a
aprendizagem. Do ponto de vista do professor, ele tem que coletar evidências de
que os alunos estão se engajando com o que ele está propondo”, explica a
professora e pesquisadora.
A
partir da coleta de evidências, os professores podem ter insumos para readaptar
as suas ações. “O foco tem que ser visibilizar o processo dos alunos para
melhorar o próprio processo de aprendizagem, não para rotular ou nivelar”,
aponta Julia, ao também considerar as desigualdades que são enfrentadas pelos
estudantes neste período. “O professor precisa ter uma coleção de evidências do
que está acontecendo para subsidiar a sua tomada de decisão.”
Com
base nas conversas com professores e especialistas, o Porvir reuniu algumas
dicas sobre como fazer a avaliação durante as aulas remotas. Confira:
Construa
rubricas de aprendizagem
A rubrica é uma ferramenta muito útil para acompanhar o desenvolvimento de habilidades. Tipicamente organizada em uma tabela, ela reúne critérios de avaliação conforme os objetivos de aprendizagem esperados para uma determinada atividade. “Fazemos uma graduação do que o aluno consegue fazer, aquilo que ele está desenvolvendo e o que ele ainda não aprendeu”, explica Daniel Jacuá.
Elabore
pequenos questionários
Uma das facilidades que o ambiente digital pode trazer para a verificação da aprendizagem é a elaboração de formulários ou quizzes. Eles podem ser utilizados como um meio de verificação a cada atividade desenvolvida pelos alunos, o que permite acompanhar a evolução do aprendizado.
Monte
portfólios com a turma
Os portfólios também são ótimas estratégias para reunir a produção dos alunos e acompanhar o desenvolvimento deles durante um período letivo. “Seria interessante trabalhar com fotos, vídeos, trechos de aulas e diferentes tipos de recursos que ajudem o professor a entender onde é possível melhorar o processo de engajamento com a aprendizagem”, diz Julia Pinheiro Andrade.
Divida
as entregas em etapas menores
Outra dica para fazer avaliações no ambiente virtual é diminuir as entregas em pequenas etapas. Além de ajudar os alunos a administrarem melhor o tempo, isso também podem reduzir a ansiedade da turma durante a produção de um trabalho mais complexo. “Essa divisão de eventos é bem legal porque tira o peso do aluno”, menciona Daniel Jacuá.
Peça
para os alunos fazerem autoavaliações
Ouvir o aluno também é fundamental para construir uma avaliação mais completa, principalmente no período de distanciamento social. “A autoavaliação é uma das ferramentas mais poderosas da avaliação formativa. Ela permite o estudante mapear o que ele sabe, o que ele não sabe e o que ele tem vontade de saber. Ela é muito importante, mas também exige que o professor construa um processo de aprendizagem com sentido”, ressalta Julia Pinheiro Andrade.
Como avaliar a aprendizagem durante o ensino remoto? Uso de recursos de
tecnologia para aproximar a turma, aplicação de técnicas de avaliação das
atividades realizadas em casa e priorização da avaliação qualitativa são
essenciais para entender o processo de evolução dos alunos,
Por Bianka de Andrade Silva, Gerente
de Avaliação e Produtos Digitais do SAE Digital
Em
tempos de restrição à circulação de pessoas e da busca por medidas para manter
a educação em funcionamento, pensar nos processos de avaliação da aprendizagem
no ensino remoto é tão importante quanto as demais etapas de preparação e
execução das aulas. Tudo começa com uma boa adequação do plano
de aula, seguida pela preparação de videoaulas e, por fim,
a seleção de materiais e conteúdos qualificados para servir de base de estudo.
Mas todo esse trabalho pode não alcançar o efeito desejado se o aprendizado do
estudante não estiver
sendo acompanhado e avaliado da maneira correta.
Em
meio a esse panorama inesperado e inédito para a maioria dos profissionais da
Educação Básica, é normal surgirem muitas dúvidas. Mas, mesmo que as condições
atuais imponham o isolamento social e o ensino a distância, o processo
avaliativo, assim como o todo das práticas pedagógicas, precisa continuar sendo
realizado. Os segredos são usufruir da experiência que nós, professores, sempre
tivemos em gerenciar as tarefas de casa dos nossos alunos, aprender com o que
esse cenário temporário nos impõe e usar a tecnologia para promover uma
aproximação virtual com os estudantes.
Para fazer isso de forma
organizada e eficiente, no entanto, é preciso considerar alguns pontos de
reflexão e orientação que podem guiar os educadores e gestores escolares na
repentina missão de aplicar avaliações
on-line.
Veja
algumas dicas para avaliar a aprendizagem dos alunos:
1,Avalie todo o ciclo de aprendizagem
Antes
de mais nada, é fundamental entender que a avaliação é um processo amplo e
possui especificidades e delicadezas. De acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, a verificação do rendimento escolar deve se basear
na avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno. Esse documento
também preconiza a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos
e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Dessa
forma, atribuir nota aos alunos é a atitude resultante de um processo que
abrange todo o ciclo de aprendizagem, ou seja, em sentido amplo, a avaliação é
um processo transversal às práticas educacionais.
2.Use instrumentos variados de avaliação no ensino remoto
Para
que o acompanhamento do aprendizado e as avaliações sejam coerentes e
adequadas, principalmente quando falamos de educação remota, é imprescindível
que esse processo seja vivenciado por professores e alunos no dia a dia
escolar.
A
dica para os educadores é variar o máximo possível os instrumentos para avaliar
a aprendizagem dos seus alunos no ensino a distância. O ideal é que ao longo do
período planejado, que pode ser bimestral, trimestral ou semestral, sejam
realizadas provas objetivas, discursivas e orais, bem como provas com consulta
e sem consulta, além de seminários, observações a participações e
autoavaliações, dependendo da maturidade e faixa etária da turma. Tendo isso em
mente, é possível concluir que a avaliação é também um processo formativo, ou
seja, deve existir de forma integrada à prática pedagógica, no intuito de
contribuir e retroalimentar o desenvolvimento das competências dos alunos. É a
partir dela que se mapeiam conhecimentos e habilidades consolidados e a
consolidar, e se revisa e redireciona o ensino.
3.Priorize a avaliação qualitativa
Ao
invés de atribuir notas baseadas em índices de acertos e erros, é possível
avaliar as entregas das tarefas da mesma forma que as atividades de casa são
avaliadas. Se possível, fazer uma videoconferência após a realização de tarefas
para que os estudantes compartilhem o que estudaram e para que o professor
possa usar como instrumento avaliativo. É válido destacar que não devemos nos
ater a um processo avaliativo pautado apenas na atribuição de notas de 0 a 10.
O
contexto de ensino-aprendizagem é cheio de especificidades, que precisam ser
observadas constantemente, especialmente no modelo de avaliação no ensino a
distância.
4.Organizar a avaliação diagnóstica
Dentro
da sala de aula, os alunos não possuem o mesmo desempenho de aprendizado, uns
levam mais tempo para assimilar determinados conteúdos do que outros.
Obviamente, isso também acontece no ensino não presencial, podendo ser ainda
maior essas variações, por se tratar de um cenário completamente novo para
todos e os estudantes terem diferentes oportunidades e níveis de acesso às
aulas e aos materiais – alguns contando com o suporte dos pais, outros, não.
Portanto, é
essencial que seja organizada uma avaliação diagnóstica a partir dos conteúdos
previstos e ministrados durante o período de paralisação por meio de atividades
remotas, que deverá ser aplicada no retorno das aulas. A ideia com isso é
avaliar a efetividade do ensino remoto individualmente e identificar a defasagem
de cada estudante durante o afastamento das salas de aula.
Fonte:
https://sae.digital/avaliacao-no-ensino-a-distancia/
Referencias:
https://www.Desktop/orientação%20para%20contenção%20de%20prejuuizos
%20causados%20pela%20suspenção%20de%20aulas%20presenciais.
NOTA TÉCNICA EM CONJUNTA DO GOVERNO DO ESTADO DO PARA E CONSELHO
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARÁ de nº 1 de 2020.
PARECER DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 5 DE abril de 2020.
PARECER DOCONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 11 DE julho de 2020.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 286 de 18 de Junho de 2020.
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